No final de 2011, uma entrevista deu início à carreira de um dos principais jogadores de poker brasileiros da atualidade. No bairro do Tatuapé, Pedro Padilha encontrou André Akkari como parte do processo seletivo para entrar no Akkari Team. “Era uma entrevista presencial mesmo com o Akkari e os jogadores do time e eu o conheci nessa entrevista”, relembrou ao SuperPoker. “Era lá na antiga TV Poker Pro, nos estúdios, tinha uma galera lá pra fazer a entrevista também. Depois disso, teve uma segunda etapa, que foi depois de uns 20 dias ou um mês, no mesmo lugar”.
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O processo seletivo foi no mesmo ano que Akkari ganhou o segundo bracelete para o Brasil. Padilha falou sobre o conhecimento da trajetória do craque. “Eu já o acompanhava há bastante tempo e tinha ele como ídolo, com certeza. Sempre fui tranquilo com essas coisas, na hora, foram várias perguntas, eu respondi. Não sei, estava tão focado em fazer a coisa direito, que não pensei muito nessa de ‘ah, como ídolo e tal’, não pedi para tirar foto. Essas coisas não aconteceram. Talvez, eu já soubesse que iria ter que o aguentar por muitos anos (risos)”.
O craque recordou como era a rotina com um dos principais nomes da história do poker nacional. “Nós não tínhamos aulas diretamente com ele, mas sim uma convivência. Jogava junto todo domingo, não tinha aula, mas recebia uns toques, umas dicas técnicas e de carreira também. Aprendi muito com ele nesse sentido, mas não tinha efetivamente aulas semanalmente, quem cuidava da parte técnica nessa época era o Vini Marques, onde acabei tendo uma proximidade maior nesse sentido”.
Mesmo com o contato não tão rotineiro, Padilha comentou sobre os aprendizados que teve com o craque. “Com certeza aprendi muita coisa com o Akkari ali no convívio, conversando sobre mãos, carreira, rotina e sobre tudo que envolve uma carreira no poker”.
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Quase treze anos depois, Padilha vive o outro lado, dando aula para os jogadores no Samba Poker Team, time onde é um dos sócios e instrutor. “É diferente por causa de como os times são estruturados. O Akkari era o dono do time, de alguma forma gerava algum conteúdo, principalmente no dia a dia nas conversas com a gente. Mas eu sou 100% responsável por gerar conteúdo técnico pro time e acabo tendo maior contato nesse sentido, impactando mais a carreira dos jogadores”.
O instrutor também falou de como é impactar na vida de centenas de jogadores. “É uma responsabilidade muito grande que a gente tem que tratar com muita seriedade e respeito. Eu gosto muito e é muito gratificante você ver as pessoas conquistando coisas, progredindo na carreira, na vida, se tornando grandes jogadores e seres humanos também.”
Sendo um dos principais nomes do poker mundial, Pedro Padilha falou de como é esse status de ídolo para a nova geração. “Acho que rola uma admiração, geralmente os jogadores demonstram um respeito, o que é muito legal e me deixa muito feliz, mas eu já trato de dar uma quebrada nisso, já descontrair, para que ele se sinta à vontade. Porque eu não gosto, e também não é muito bom para o aprendizado o aluno ficar cheio de dedos para perguntar alguma coisa, quanto mais à vontade eles tiverem, melhor, e eu tento criar esse ambiente””
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