Figura regular no circuito nacional há anos e um dos jogadores mais consagrados do país, Rodrigo Garrido aprovou com louvor as novidades do BSOP para 2018. Uma das inovações é o ranking de Mixed Games, que premiará um jogador com R$ 30 mil ao final da temporada, recompensada mirada por Garrido, um dos brasileiros mais acostumado às modalidades menos praticadas.
Campeão Brasileiro em 2014, o craque aprovou também a introdução do Action Clock no Evento Principal, aumentando o número de mãos jogadas e favorecendo, assim, aqueles com mais técnica. Além disso, Garrido exaltou os Platinum Passes, pacotes de US$ 30 mil para o PokerStars Players Championship que serão distribuídos durante a temporada.
Em entrevista durante o BSOP São Paulo, o profissional comentou as novidades e contou que tem presença quase garantida nas Bahamas no ano que vem. Confira.
Sendo um dos brasileiros que mais joga Mixed Games, o que você achou do ranking específico dos Mixed para esse ano?
Achei bem legal, acho que já estava precisando. O Mixed cresceu muito aqui no país, quando começou eram pouquíssimas pessoas, agora no Millions passou de 100, esse daqui deu 97, nos outros torneios 60, 70, então acho bem legal. Legal também que não vai ser só o torneio de Mixed específico, vai ser qualquer torneio que tenha mais de duas modalidades. Hoje em dia da grade é só o Omaha Dealer’s Choice, mas acho que terão outros que eles vão inventar, então é bem atrativo e por essa primeira etapa você já vê que o pessoal comprou a ideia.
Tendo disputado o ranking no ano passado, com que expectativa você começa essa temporada?
Eu vim para essa etapa sem pensar em ranking. É assim: venho sabendo que tenho chance, porque sou um jogador regular, que jogo todas as etapas faz tempo, pretendo jogar todas esse ano também, se Deus quiser eu irei bem e terei chance. Mas daí a você brigar pelo topo do ranking é muito difícil, porque depende de uma série de fatores. Para você ser mais lucrativo nas etapas, o ideal é que você foque em alguns torneios e não jogue tanto, até para descansar mais, escolher os torneios melhores, então eu vim focando em jogar os torneios e ir bem neles. Caso vá bem nessa etapa e na próxima eu ‘compro’ o ranking, mas se for mal nas duas primeiras eu desencano, jogo só os que eu quero. Aqui mesmo eu deixei de jogar torneios, hoje já vi jogadores fazendo multitable, o pessoal animou com esse negócio do ranking, gente que nem falava isso.
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O que você achou da entrada do Action Clock no Main Event?
Sensacional, a gente já sabia que seria assim. Infelizmente, os amadores acabam demorando muito e até os profissionais, para fazer onda, valorizar, também. Mas principalmente os amadores, por estarem curtindo o momento, você vê muita gente que chega na vez dele e ele está aproveitando o momento, tanto que o dealer coloca o relógio na frente, ele olha e resolve, então ele não tinha dúvida, estava simplesmente aproveitando. Não tenho certeza, mas a gente fez uma conta ‘por alto’ que antes jogávamos 20 mãos por hora e agora estamos jogando 30, não sei se chegou a 50% de aumento, mas 30% com certeza. Então jogar 30% a mais de mãos vai fazer com que os jogadores bons cheguem mais na reta final de novo. A gente briga para uma estrutura melhor e quando conseguimos vamos enrolar na mesa? Isso veio para acabar com a demora, jogar mais mãos e fazer com que o jogador mais técnico chegue mais na final.
O Platinum Pass está sendo cobiçado por todos os jogadores, é algo no qual você pensa?
É lógico, imagina. Pena que não vai ser o Jogador da Etapa em todas as etapas. Eles vão fazer promoções, sorteios e outras coisas, acho até justo, mas falo que é uma pena porque a gente que joga todas as etapas teria mais chance de ir bem em uma e ganhar, mas é irado, sensacional. Quem não quer estar lá em Bahamas ano que vem? Vai ser uma festa, um torneio gigantesco, acho que vai ficar só atrás do Main Event da WSOP, ser o segundo maior do ano, então a ideia é estar lá, se for freeroll então, é sonho.
Mesmo no caso de não ganhar um Platinum Pass, você considera jogar o PokerStars Players Championship?
Sem dúvida. Eu fui para as Bahamas uma vez e não fiz questão de voltar, não foi um lugar que me agradou. Achei tudo muito caro, muito complicado, muito longe, o lugar é lindo, mas o field difícil, buy-in caro, não foi um lugar que me encantou. Mas agora com esse torneio, janeiro do ano que vem se Deus quiser estou lá. Não vou dar 100% de certeza porque tudo pode acontecer, mas mesmo dando buy-in a ideia é jogar sim, porque eles estão distribuindo 300 pacotes, então são 300, na teoria, amadores que vão estar lá, e os profissionais vão atrás deles, então imagino umas 1.000 entradas tranquilo. Ou seja, é um pote de US$ 25 milhões, vai ser um negócio absurdo.
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