Daniel Freitas é mais um jogador a gritar “É campeão” neste verão em Las Vegas. O mineiro foi até o Venetian Casino e fez bonito no Seniors do DeepStack Championship, principal disputa do local, que contou com buy-in de US$ 1.600. A competição teve uma estrutura com dois dias classificatórios, em que registrou 798 inscritos e a cravada rendeu o prêmio de US$ 102.884, após um acordo no 5-handed, o seu maior resultado no circuito live.
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“É legal, tenho várias premiações na faixa de R$ 70 mil e R$ 140 mil reais e nunca tinha rompido essa barreira. Veio em um momento em que eu estava há treze dias jogando em Las Vegas e não vendo a cor da bola. Lembrando que o investimento aqui é bem mais alto, então, é bom demais”, festejou o campeão.
O jogador não vinha para a disputa no verão americano há seis anos e para engatar no Seniors do Venetian teve que abrir mão de um grande torneio da Copa do Mundo de Poker, o Millionaire Maker. “Eu achei que o torneio no Venetian era mais ev, então, por isso pulei o torneio da WSOP”, e explicou o motivo. “É para tentar enfrentar um field menos casca, pois estão em Vegas muitos dos melhores jogadores do mundo”.
Completando 50 anos este ano, o jogador revelou que colocou seis torneios seniors no cronograma de torneios. Entretanto, o atleticano contou que o começo não foi nada favorável. “Os primeiros, apesar de eu jogar bem e, de certar forma, dominar o field, eu não tinha conseguido chegar”, e seguiu. “Fui tentando entender o que estava acontecendo e precisei ajustar o range, notei que estava jogando solto demais e diminui um pouco a agressividade”.
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O jogador comentou como está sendo a rotina na Sin City. “Diferente de outras vezes, eu decidi que não ia jogar cash game e defini uma rotina de sono. Acordando todo dia no mesmo horário e treinando todo dia. Quando eu caio do torneio, venho para o hotel, descansar ou estudar”.
Tendo avançado com o sétimo maior stack entre os 120 classificados, o brasileiro perdeu um expressivo pote logo no começo e teve que administrar as fichas. Porém, quando o torneio foi afunilando, Daniel conseguiu alavancar as fichas e chegou a mesa final com o terceiro maior stack entre os nove finalistas.
Chegando ao 5-handed com o terceiro maior stack entre os sobreviventes, os jogadores optaram por fazer um acordo e o tupiniquim já garantiu a forra. Porém, ainda estava em disputa o troféu e Daniel Freitas buscou o título.
Confira a classificação da mesa final:
1º – Daniel Freitas (Brasil) – US$ 102.884*
2º – David Gutfreund (Estados Unidos) – US$ 110.533*
3º – Johan Lindqvist (Suécia) – US$ 107.502*
4º – Alfredo Gonzalez (Estados Unidos) – US$ 91.117*
5º – James Kasputis Jr. (Estados Unidos) – US$ 85.318*
6º – Steven Cohen (Estados Unidos) – US$ 35.304
7º – Carl DiGiorgio (Estados Unidos) – US$ 26.830
8º – David Wells (Estados Unidos) – US$ 20.711
9º – Homan Mohammadi (Canadá) – US$ 16.243