Um dos diretores de torneio mais respeitados do mundo, Devanir Campos é mais um profissional que está festejando o retorno do Latin American Poker Tour. “Nós estamos muito felizes com o retorno do LAPT. Desde o começo sempre foi a competição mais importante entre todos os países da América Latina. É um título muito almejado pelos jogadores, todo mundo queria ter”.
O Diretor de Torneios destacou o quão cobiçado é a conquista para os jogadores do continente. “Durante muitos anos, a gente passou várias temporadas sem ter um brasileiro campeão, até o Murilo Figueredo ser o primeiro. Isso só aumentou ainda mais a vontade”.
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DC contou que as experiências do LAPT vão além das mesas. “Um dos fatores legais, que promove uma das coisas mais gostosas do poker, que é juntar a viagem de conhecer outros países, outras culturas e disputar um torneio de poker”, e complementou falando do apoio do maior site de poker ao evento. “O PokerStars sempre deu um carinho muito grande na produção e grade de torneios do LAPT, a gente está feliz de trazer isso de volta depois de tantos anos sem ele existir”.
Logo no primeiro dia ficou constatada a saudade que os jogadores estavam da competição. O Single Day 15k ficou muito perto de dobrar a premiação garantida, enquanto o Main Event já teve o prize pool desbancado no primeiro classificatório. “Foi muito bom, a gente está feliz”, mas ponderou. “Realmente as premiações garantidas deste festival estão em um patamar relativamente baixo comparado com os valores de inscrição, porque o LAPT estava parado muitos anos e precisava de um trabalho para ele recomeçar. Era difícil predizer se seria um Main Event com 200 entradas ou se vai passar de 400, qual seria o resultado. Baseado no que a gente viu ontem, estamos muito felizes e satisfeitos”.
Devanir seguiu falando do amplo calendário no atual cenário do poker mundial. “Hoje em dia a gente encontra um mercado muito diferente que era 2017, ano da paralisação do LAPT. São muitos torneios de poker em vários países e muitas séries online. A atenção e o bankroll dos jogadores acaba sendo dividida, muito mais disputado por diferentes oportunidades”.
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Outra grande atração é a multinacionalidade dos jogadores no LAPT. “O mais legal é que estamos com um caldeirão de países aqui no Rio de Janeiro. Só de satélites online são 12 e ontem vimos gente de ainda mais países jogando aqui. Praticamente toda a América Latina representada, do México até o sul da Argentina, além de jogadores da Europa e América do Norte”. DC também comentou o primeiro dia sem títulos para o Brasil. “Não vai ser tão fácil. Eu não tenho dados estatísticos ainda, pois não tivemos tempo, mas só de olhar o salão, o primeiro dia a gente contou com pouco mais da metade de jogadores são brasileiros. Isso mostra que não vai ser simples bater o field, o poker evoluiu em todos os lugares com grandes profissionais em todos os países, uma disputa muito gostosa de ver, um dos aspectos legais do LAPT é esse clima de Libertadores, uma rivalidade sadia e divertida”.
A importância do retorno do circuito vai além dos jogadores, um verdade intercambio dos profissionais de poker. “O LAPT quando acontecia no passado, possuía uma equipe muito plural: pessoas do Brasil, Costa Rica e Estados Unidos. Estamos recomeçando com brasileiros e chilenos, que terão a oportunidade de trabalhar em outros países. Esperamos que esse intercâmbio aconteça mais, assim como no EPT e no PCA, com gente de todos os lugares do mundo, a nossa expectativa é que também aconteça aqui, pois é uma coisa muito positiva essa mistura de línguas e culturas, que só tem engrandecer o evento”.
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Durante o PokerStars Caribbean Adventure (PCA), dealers brasileiros integraram a equipe e o feedback não poderia ter sido melhor. “Foi muito positivo, a avaliação foi fenomenal. Sabemos da qualidade dos nossos profissionais, a gente tem alguns dos melhores dealers do mundo e isso foi reconhecido lá fora. O Toby Stone, diretor de torneio do PokerStars, ficou impressionado com a qualidade e só ressalta a oportunidade que os profissionais tenham em trabalhar em outros países”, e o desenvolvimento vai além das mesas. “É necessário que além da qualidade como dealer, tenham outras habilidades, pois só pode ir quem falava inglês fluentemente. O desenvolvimento profissional acaba indo além, onde realmente surgem grandes oportunidades”.
O cronograma do LAPT Montevideo foi divulgado e Devanir Campos encerrou falando da expectativa com a próxima etapa. “Infelizmente, o evento do Uruguai vai coincidir com o EPT Monte Carlo e sabemos que alguns jogadores vão ter que escolher entre um ou outro, mas estamos muito animados, o local é na capital do país, uma travessia de barco de Buenos Aires, diversos voos diretos de cidades do Brasil e de outros países. É uma cidade muito fantástica e aconchegante, é uma cidade linda, que as pessoas precisam conhecer”.
“Estamos aproveitando essa etapa do LAPT Rio para ouvir o feedback dos jogadores sobre o cronograma, para vermos se vamos fazer alguma adaptação. Lembrando que quando o LAPT acontecia, o mercado era diferente, as grandes eram distintas e a gente quer trazer o circuito para o ano de 2023, ouvindo todos os competidores, pois eles são a parte mais importante”, complementou sobre o cronograma do Uruguai.
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