Além da novidade tecnológica do totem de autoatendimento, em que os jogadores poderão fazer sua própria inscrição no salão do BSOP, a organização também fez alterações na estrutura dos torneios. Para deixar o jogo mais dinâmico, as fichas de 25 foram retiradas.
Para que isso fosse possível, as tabelas de blinds dos torneios tiveram que ser revistas e alguns níveis desapareceram. No entanto, como já foi notado em torneios ao redor do mundo, os benefícios são notórios.
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Com o fim das fichas de menor valor, em conjunto com o big blind ante e com o action clock, aumenta consideravelmente o número de mãos jogadas a cada hora no poker ao vivo. Isso faz com que os jogadores, em média, acumulem fichas mais rapidamente e o torneio fique mais deep.
Em entrevista ao SuperPoker, o Diretor Executivo do BSOP Devanir Campos falou sobre as alterações, os estudos para que isso fosse possível e as contribuições que acarretará no jogo. Confira:
Quais motivos levaram o BSOP a fazer mudanças na estrutura dos torneios?
São alguns motivos. O primeiro é seguir uma tendência mundial, pois isso já vem acontecendo nos principais torneios no exterior e o segundo é porque efetivamente melhora a jogabilidade quando se tira as fichas pequenas, deixa o jogo fluindo melhor e com os delaers dando menos troco na mesa. O terceiro ponto é que melhora a logística do torneio. São menos fichas para carregar, menos fichas para tirar do jogo e menos color up. Enfim, melhora pra todo mundo.
Como foi o período de estudos para aplicar as mudanças?
Nós estudamos matematicamente as estruturas, vimos a correspondência matemática entre os níveis, a relação stack e blinds que tinha antes, quanto começava e terminava um dia. Isso fez a gente alterar os stacks e os níveis para manter a mesma relação que tinha antes. Para o jogador, a jogabilidade se manteve a mesma, ela melhorou no que diz respeito ao número de mãos jogadas por hora e ao longo do torneio.
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Quais motivos levaram para aplicar as alterações no BSOP Gramado?
A gente resolveu aplicar assim que a gente teve tranquilidade para fazer isso. Ficamos estudando as estruturas algum tempo e o BSOP Winter Millions era uma etapa um pouco grande. Nós queríamos ter certeza que nossos fichários iam todos suportar a quantidade.
Isso acontece porque quando eliminamos as fichas pequenas, o stack inicial fica maior. Os torneios que começavam com 15.000 fichas, agora possuem 20.000 ou 30.000, fazendo você utilizar fichas de 5.000 e 25.000 mais cedo. Só queríamos ter certeza que todos os ficharias iam comportar a quantidade de jogadores, por isso não em São Paulo, sim em Gramado e já está certo para o BSOP Millions. Tudo sendo feito com planejamento e calma.
Além do número de mãos, essa mudança ajuda em algum outro ponto do jogo?
Na verdade, não tem nenhuma outra grande mudança, ela melhora na velocidade do jogo, não tem nenhum outro ponto técnico que ela influencia, porque mantem a relação stack e blind do torneio. Talvez, por ter mais mãos jogadas, pode ser que a média até melhore.
Nos últimos anos, os torneios de poker vem passando por diversas mudanças para deixar o jogo mais dinâmico. Existe o estudo de mais algum ponto para deixar ainda melhor?
No momento, nada que seja do meu conhecimento. A combinação action clock e big blind ante foram duas coisas fantásticas que foram inventadas. Acho que o big blind ante, especificamente, ele é tão simples e formidável, que é o tipo de coisa que você se pergunta, “porque não foi inventado ou pensando antes?”
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Espero que alguém pense em algo tão legal logo, para trazer mais melhorias para o jogo. Nós não precisamos ser os criadores da novidade, adoramos receber boas ideias, estamos abertos para isso e apresentar para os jogadores.
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