Bem-Vindo de volta a Bahamas! – É o que você vai ouvir de todos que trabalham com turismo aqui. Não importa se você está debutando aqui nesse arquipélago, localizado entre Cuba e Estados Unidos, e onde o sol se exibe o ano inteiro. Se a ideia é fazer o visitante se sentir em casa, dá certo. A gente só sente saudades de casa quando vê o preço das coisas por aqui. Mas tudo vale a pena para ver como começa o poker brasileiro no cenário live em 2019.

Se o começo do ano é onde colocamos em prática novas diretrizes, decisões e horizontes, para quem joga poker vir ao PCA/PSPC é a melhor oportunidade para colocar em prática essas ideias.

O grande salão do Imperial Ballroom, do colossal hotel e resort Atlantis, é onde os fatos acontecem. E não é um lugar qualquer. Ali passam os Team Pros do PokerStars: Daniel Negreanu, Chris Moneymaker, André Akkari, Igor Kurganov, Liv Boeree e outros, mas também os craques que gostamos de ver nas transmissões: Adrián Mateos, Mustapha Kanit, David Peters, Isaac Haxton, os irmãos Greenwood e qualquer outro jogador que você imaginar com muitos milhões em premiações. Até os recreativos pisam imponentes pelo tapete bege do lugar. Quando cheguei aqui pela primeira vez em 2012, contei ao meu irmão, Vini Marques, que em Bahamas todo mundo é, ou parece, ganhador. Não há perdedores. São os ares.

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Quando você soma a esse ambiente especial a presença, ainda que efêmera, de Tony Hawk, Paul Pierce, Bruce Buffer, e o gigante tri-campeão da NFL Richard Seymour, a festa fica completa. É, sem sombra de dúvidas, a melhor maneira de se começar um ano de poker. Mas, para nós que trabalhamos com a informação, é importante que os Brasileiros façam bonito por aqui. Nesse sentido Pedro Padilha, o nosso Padilhão, começou nos enchendo de orgulho. Depois de 13 dos mais de 50 brasileiros que disputaram o PokerStars Players Championship entrarem no dinheiro, quando tínhamos 38 jogadores ele ficou sendo o nosso último representante. Foi bonito de ver a mobilização em torno dele.

Tanto no local, com a torcida o acompanhando em todas as suas mesas, até a derradeira mão na mesa da TV, como na trasnmissão do SuperPoker, nas redes sociais, o clima era de apoio total e irrestrito. Como Padilha, seu carisma, sua simplicidade, mas acima de tudo, sua categoria, merecem. Quando foi eliminado na décima colocação, o sabor foi agridoce, claro, era só segurar aquele 55 x A4 e as coisas iriam ficar feias para os demais competidores. Não aconteceu e o prêmio de US$328.000 não é de se desanimar, muito pelo contrário, mas ele merecia mais e a mesa final do PSPC, mostrou que se aquela camisa do Corinthians estivesse lá, pelo menos o jogo ficaria mais bonito.

Também mostrou a sua classe João Simão, que cravou o complicadíssimo PLO 10K, levando quase duas centenas de milhares de dólar para o bolso e derrotando oponentes do calibre de Cliph Josephy, o eterno JohnnyBax, o craque Shaun Deeb, Nacho Barbero e também o nosso Eder Campana, especialista na modalidade, que acabou na nona colocação. Teve também o vice de André Akkari no evento de Horse, com pouca gente, mas muito difícil. Faz bonito o poker brasileiro por aqui.

Ao amigo leitor, peço desculpas por não ter enviado textos antes. Esse escriba, quase quarentão, foi acometido por picos de pressão alta na chegada, e não conseguia sequer olhar para a tela do computador. Fiz algumas entrevistas e Tá na Mão no absoluto sacrifício e espero que tenham gostado do material. Agora, já liberado pelo departamento médico, espero escrever todos os dias, até a minha partida e trazer um outro olhar sobre esse grande evento.

Um abraço, Feliz 2019 e TUDO NA TELA!