Felipe Beltrane não poderia ter pedido por um SCOOP melhor. O capixaba foi um dos três brasileiros que conquistaram dois títulos nesta edição, junto com Matheus “zilbee” Mendes e Guilherme “guilherme12” Decour.
Como se as vitórias nos eventos #39 Medium e #44 High não fossem suficientes, Beltrane deixou o melhor para o último dia. Sob o nick “felipebeltra”, chegou até a mesa final no complicadíssimo field do Main Event High, caindo em sexto para um prêmio de US$ 237.356, o maior de sua carreira.
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Ele ainda chegou muito perto de conquistar um incrível feito: ser mesa finalista de dois Main Events da série. Na versão Medium, Beltrane caiu na décima colocação, faturando US$ 32.131. Somando apenas os quatro resultados citados, são mais de US$ 300 mil em prêmios.
Mesmo antes do início da série, Beltrane já vinha se destacando, vencendo eventos de PLO no WPT Barcelona e no BSOP Salvador. Sendo campeão também em Limit Hold’em e HORSE, o profissional mostrou versatilidade nas mesas.
Em entrevista ao SuperPoker, o craque falou sobre o grande momento e avisou: vem mais por aí. Rumo a Las Vegas para a WSOP, Beltrane quer se dar bem também na mais prestigiada série do poker mundial. Confira.
Dois títulos e retas finais em dois Main Events, como você definiria esse SCOOP para você?
Foi sensacional! Deixei de jogar um evento em São Paulo e o BSOP Rio Quente (que já estava com hospedagem e passagens compradas) pra focar no SCOOP. Estava confiante e bem no grind online, senti que era a hora de focar numa série grande online e buscar grande resultados. Além do incrível bicampeonato na série, fui coroado com chave de ouro no ME High com um belíssimo 6º lugar e uma belíssima forra.
De todos os momentos felizes nas duas últimas semanas, teve algum preferido? Por quê?
O preferido foi certamente a mesa final do ME principal do SCOOP. Joguei de igual pra igual com alguns dos melhores jogadores do mundo e conquistei meu melhor resultado na carreira.
Considera estar na melhor fase da carreira? A que você credita o bom momento?
Melhor fase, com certeza. Mas essa fase vem de uma crescente constante que começou há quase 4 anos atrás.
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Como foi a expectativa para o último dia, com muito dinheiro em disputa? Chegou a sentir a pressão na reta final?
Só tensão normal de uma grande reta, mas pressão não. Queria muito, sim, fazer ITM, por que o ITM já era uma forrinha, mas joguei o jogo, tentando tomar as melhores decisões. Na bolha da FT foi eu que pressionei os stacks da minha esquerda (risos).
Recentemente, você conseguiu resultados em PLO, Limit Hold’em, NLH e também HORSE. Qual a importância para um profissional de dominar todas as modalidades?
Eu me sinto muito orgulhoso de cravar torneios fora do Hold’em, tenho carinho pelo Mixeds, curiosamente faz parte do início da minha trajetória, lá do comecinho quando eu era um “zé ninguém” (risos), um dia conto sobre isso. Mas devido ao volume de NL Hold’em ser infinitamente maior que todos os outros, não acho que seja importante pra um profissional dominar todas as modalidades não. Te abre mais possibilidades em alguns momentos, mas não relevante o suficiente pra se considerar importante.
Quais são seus planos e objetivos para o resto do ano?
Comer muito hambúrguer e continuar jogando (risos). Falando sério, principal objetivo de imediato é fazer uma boa WSOP e quiçá, buscar uma mesa final na minha primeira participação na série. Essa premiação vai ser um divisor de águas na minha carreira, vou me internacionalizar mais. WSOP, EPT, WPT, PP Live, Europa, EUA, Ásia e outros… Me aguardem!
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