Se as transmissões ao vivo do SuperPoker já eram conhecidas pela alta qualidade dos craques que comandam os microfones, no BSOP Millions a melhor equipe do Brasil vai receber um reforço de peso. Ivan Zimmermann, narrador que ficou famoso por narrar esportes americanos e tem Copa do Mundo e Olimpíadas no currículo, fará parte da transmissão ao vivo do evento.
Ivan começou a aprender mais sobre o poker há cerca de 10 anos, quando transmitiu episódios do cash game high stakes Poker After Dark. Desde então, o jogo virou uma das paixões do narrador, que atualmente realiza um home game mensal para praticar o hobby. Presente no cenário do poker desde os primeiros passos do BSOP, ele comemorou o crescimento do esporte no país.
Para o maior evento de poker do hemisfério Sul, o SuperPoker preparou uma grade de transmissão que vai deixar os fãs do esporte da mente grudados na tela. Os trabalhos começam logo na estreia, a partir das 21h, com o Torneio das Celebridades. Essa transmissão, assim como a do Torneio dos Youtubers, no sábado (2), a partir das 18h, serão as únicas sem a tecnologia das cartas abertas. Nos dias 30/11 e 1, 6 e 7 de dezembro, acontecerão as transmissões dos dias finais do Super High Roller e do Main Event, onde Ivan poderá soltar o famoso bordão “fogo na bomba!”
Antes que as cartas comecem a rolar, o craque dos microfones falou ao SuperPoker sobre seu relacionamento com o jogo e a expectativa para o evento. Confira.
Como começou sua trajetória no poker?
Eu conheço o poker há uns 20 anos, mas o verdadeiro poker, digamos, foi desde 2007, 2008, quando eu transmiti no BandSport o Poker After Dark. Fui escalado para narrar o poker porque eu falei que sabia jogar, mas depois de cinco minutos de transmissão eu falei ‘malandro, que roubada eu me meti, não sei porcaria nenhuma disso aqui (risos)’, estava o [Leandro] Brasa comentando, o [Igor] Federal, C.K [Christian Kruel], Raul Oliveira, o [Juliano] Maesano, e quando eles começaram a comentar eu falei ‘eu pensei que sabia de poker’. Daí comecei realmente a ler mais, jogar com amigos, hoje até promovo home games uma vez por mês, daí que eu fui entender realmente o que é o poker, hoje estou bem familiarizado.
Apesar de ter vivência no jogo, essa é a primeira vez que você transmitirá poker ao vivo. O que espera dessa experiência?
Vai ser um aprendizado, sempre é, por mais que você tenha horas de transmissão, narração. Principalmente em um esporte que nem o poker, por mais que você estude, jogue e leia, você sempre tem algo para aprender, isso que é realmente legal desse esporte fascinante. Você acha que virou o ‘bambambam’ e daqui a pouco toma uma fatiada que perde até o rumo.
Como vai ser fazer parte da equipe do seu amigo Vitão Marques?
O Vitão é um cara que eu acompanho, até comentei com ele semana passada que estava assistindo, vai ser outro aprendizado também. O legal do poker é que você nunca sabe tudo sobre o esporte, de repente alguém que está começando agora diz uma frase e você percebe que tem sentido. O Vitão, com a experiência que tem em narração e transmissão, vai ser realmente um aprendizado e eu estou muito grato pelo convite para realmente fazer um bom trabalho, esperar um ótimo torneio.
Para você, que acompanha faz tempo, como é ver o crescimento do poker no Brasil?
É muito legal ver hoje o BSOP, quem viu o começo como eu acompanhei, a luta pela legalização e tudo mais. Contavam aquelas histórias ‘meu tio perdeu um apartamento’, mas nunca ouvi falar de quem ganhou, porque se alguém perdeu uma fazenda, alguém ganhou (risos). Isso é mais algo do folclore do Brasil, década de 40, 50, que o cara jogava a mulher dele na mesa, hoje não. Hoje para quem estuda, lê, é uma coisa muito profissional. Difícil muita gente entender que é um esporte, com o cara na mesa, sentado, mas aí é que está, precisa também de preparo físico, porque você vai jogar oito horas por dia e, pra ficar sentado esse tempo, você tem que manter a postura e tudo. O que o poker ensina para todo mundo são duas coisas: paciência e disciplina.
Você já marcou presença em outras etapas do Millions. É realmente um evento diferenciado?
É muito diferenciado e muito bem organizado. Eu falo para amigos que está tendo torneio e eles dizem ‘campeonato de poker, que é isso?’ Quando eles entram e olham os salões, as mesas, souvenir sendo vendido, camiseta, livros e tudo mais, é realmente algo que você fica pensando em como é o poker no Brasil. Eu me sinto grato de ter participado do começo disso, eu vi o começo do que é o BSOP hoje, se não me engano o primeiro teve 27 jogadores ou algo assim e hoje você vê aí com 2 mil, 3 mil jogadores, são números impressionantes.
O BSOP serve de exemplo para muito esporte no brasil, como basquete, natação, futebol, que não são tão bem organizados como o BSOP, onde as regras são claras e não se muda a regra no meio. O futebol brasileiro está totalmente falido, você vê uma partida de Série B no Serra Dourada e tem meia dúzia de parente de jogador assistindo e aquele estádio enorme vazio. Você vai em uma etapa de poker e tem salões cheios, torneios paralelos, de repente São Paulo, nessa época, vira uma Vegas da vida.
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