João Bauer encerrou uma ótima temporada no circuito ao vivo com chave de ouro ao ser campeão do Main Event da WSOP Uruguai. Além de um prêmio de US$ 110 mil, o goiano conquistou também seu primeiro anel de campeão de circuito, colocando mais um resultado de peso no currículo.
A vitória ainda veio em um pódio inteiro verde e amarelo, com Nicolas Reis e Edson Tsutsumi ficando com a segunda e terceira colocações, respectivamente. No entanto, Bauer revelou que a história poderia ter sido bem diferente, não fosse um river milagroso com 14 left.
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Com mais de US$ 860 mil em premiações ao vivo na carreira, segundo o HendonMob resultados também no online e uma história de vitórias, o craque se prepara para um 2020 intenso. Em entrevista ao SuperPoker, ele falou sobre a emoção do título, a trajetória no torneio, planos para o ano que vem e mais.
Para você, que já tem tantos resultados, o que representa esse título?
Representa muito para mim mais essa conquista, principalmente por pensar que basicamente há 10 anos eu estava ganhando um WCOOP, então ganhar um torneio dessa proporção ao vivo, no circuito da WSOP 10 anos depois, me deixa feliz de pensar que minha carreira está indo bem. Estou conseguindo manter uma constância, apesar de tanto tempo, sempre tentando me renovar, aprender coisas novas para me manter atualizado. Muito legal ter feito mais essa mesa final e cravado.
Como foi sua trajetória no torneio?
Não fui muito bem na primeira entrada e acabei caindo. Tentei outra, as coisas começaram muito bem, mas no final do dia eu perdi um pote grande e passei com um stack razoável.No início do segundo dia as coisas deram certo, saí de 50.000 para 200.000 no começo, quase 100 blinds, ganhei três mãos muito importantes.
Consegui crescer bastante, principalmente na bolha, e fui mantendo um stack bem confortável na reta final. Acabou sendo tranquilo apertar os stacks médios no início da mesa final, fui pressionando os oponentes que não gostariam de cair antes dos short stacks.
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Além do dinheiro, qual a importância de conquistar o anel do circuito?
Quando eu comecei a jogar poker tinha muito aqueles mitos da importância de ter um bracelete, ser campeão da WSOP, então sempre tive muita vontade de ter um bracelete de WSOP. O WSOP Circuit não dá bracelete, mas acaba dando o anel, então ganhar uma etapa e levar o anel é mais uma grande conquista para a minha carreira.
Houve alguma mão de destaque na sua trajetória?
Quando restavam 14 left eu tinha 2,8 milhões de fichas no blind 20.000/40.000 e fui all in pré-flop de 2 milhões com QQ contra AA. Acabou batendo a Q no river e depois disso foi muito fácil chegar na mesa final com um stack confortável.
Teve outra no heads-up que foi limped pot, eu tinha 94 e o flop foi Q44. Eu fui de check-call, turn bateu 9, ação foi check-check. No river optei por apostar baixo, sabendo que se ele tivesse uma mão como top pair poderia me dar raise, com kicker bom. Com o 4 com certeza daria raise e não foldaria. Fiz um size de 30% do pote, ele me deu raise alto, de 4x. Eu fiz um novo raise de 3,5x, ele pagou e muckou. Essa mão foi importante porque eu assumi a liderança e pouco tempo depois acabei cravando.
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Terminando 2019 em alta, quais são os planos para o ano que vem?
Esse ano de 2019 foi espetacular, joguei quatro etapas do circuito brasileiro, fiz duas mesas finais de Main Event, as duas outras acabei entrando no dinheiro também. Joguei um WSOP e acabei cravando também, joguei poucos torneios e acabei indo muito bem, então em 2020 quero me dedicar bastante. Vou fazer uma reta boa em Vegas, ir a primeira vez para a Europa também, nunca joguei lá, então 2020 promete bastante.
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