O norte-americano Mike Postle foi o protagonista de uma das maiores polêmicas do poker em 2019, quando foi acusado pela comunidade de trapacear em um cash game televisionado. Longe dos holofotes desde então, o jogador ressurgiu no cenário nesta segunda-feira, e fazendo uma mesa final.

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Em um post de Angela Jordison no Twitter, a jogadora compartilhou uma foto do jogador recebida de Maxwell Young. Postle aparecia na mesa do Beau Rivage Casino, em Biloxi, Mississipi, tendo se registrado no torneio usando apenas seus dois primeiros nomes: Michael Lawrence.

O torneio teve buy-in de US$ 1.200 e recebeu 1.074 entradas, reservando US$ 200 mil para o campeão. Restam apenas 10 jogadores, e Postle aparece com o sexto maior stack, retornando para a disputa da mesa final nesta segunda-feira (16), às 19h (horário de Brasília).

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Segundo o HendonMob, Postle acumula US$ 571.215 em prêmios de torneios ao vivo. A maior forra, de US$ 118.743, foi conquistada há 15 anos, em Tunica, nos Estados Unidos. Não demorou para que a publicação de Angela recebesse dezenas de comentários e compartilhamentos.

Mike Postle olhava para baixo durante decisões complicadas (imagem: BeatTheFish)

Mike Postle olhava para baixo durante decisões complicadas (imagem: BeatTheFish)

“Imagino o que meu advogado vai pensar desse jogador que é no máximo break even e está desperdiçando seu dinheiro enquanto ainda me deve em custos legais”, disse Veronica Brill, responsável por levantar as primeiras suspeitas no caso de Postle. “Por que estão permitindo que ele use outro nome ou até que jogue o torneio eu não faço ideia”, questionou Hayley Hanna.

O caso Mike Postle

Em 2019, Mike Postle era um jogador regular nas transmissões do Stones Live, cash game disputado no Stones Gambling Hall, na Califórnia. Conhecido no programa por estar frequentemente certo em decisões difíceis, Postle começou a gerar suspeitas sobre seu sucesso nas mesas.

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Após a primeira acusação, de Veronica Brill, nomes como Doug Polk e Joey Ingram se debruçaram sobre as muitas horas de jogo gravadas com cartas reveladas, procurando (e encontrando) muitas jogadas suspeitas. A teoria era que Postle recebia informações sobre as mãos em seu celular, que ficava entre as pernas do jogador, sendo consultado quando Postle olhava para baixo.

A suspeita é que ele tivesse recebido ajuda de algum funcionário da equipe de transmissão, mas nada foi provado nesse sentido. Apesar de todo o barulho, Postle sempre negou as acusações e nunca chegou a ser oficialmente acusado pela justiça de um crime, ficando apenas as muitas mãos nas quais ele pareceu possuir um dom quase sobrenatural de leitura.

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