Em 2023, a Netflix lançou a minissérie biográfica “As mil vidas de Bernard Tapie”, que foi bem recebida pelo público e possui uma nota 7,4/10 na plataforma IMDb. A produção conta a história de vida do francês que saiu da classe trabalhadora e se tornou uma figura controversa, rodeado de polêmicas até falecer em 2021, aos 78 anos. Mas você sabe que a série tem relação com o poker?
Primeiro, vale entender: quem foi Bernard Tapie?
De família humilde, Tapie usou de sua grande ambição, carisma e criatividade para se transformar em um dos homens mais ricos e icônicos da França. Não faltaram talentos e escândalos na vida do homem que foi empresário, apresentador de TV, cantor, ator, político e até dirigente esportivo após comprar o popular time Olympique de Marselha.
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A passagem pelo futebol também trouxe talvez o maior escândalo de Tapie, quando cumpriu pena por subornar três jogadores de um time adversário. Na mesma época, o francês também foi dono da Adidas, empresa de produtors esportivos, aquisição também cercada de episódios controversos. A série mostra a ascensão de Tapie, com suas diversas aventuras e táticas questionáveis no mundo dos negócios. A produção foi criticada pela família, que alega exageros no roteiro.
Mas cadê o poker?
A trajetória de Bernard Tapie encontra a do poker em um dos momentos mais sombrios da história recente do jogo, pouco após a Black Friday. O Grupo Bernard Tapie (GBT), liderado por Laurent Tapie, filho do famoso personagem, era um dos interessados em realizar a compra do Full Tilt Poker (FTP). Em setembro de 2011, cinco meses depois da Black Friday, as empresas chegaram até a anunciar um acordo oficial com o Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA, que supervisionava a aquisição.
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Entre os termos da compra, estaria o reembolso integral de todos os jogadores que tiveram seus fundos congelados no site, um valor que chegava a mais de US$ 400 milhões. Parecia que a situação teria um final feliz, mas a negociação se arrastou e, após idas e vindas, o acordo foi cancelado. Em abril de 2022, o GBT soltou uma declaração, afirmando que complicações legais e divergências no plano de reembolso impediram o fim positivo do acordo. Quase quatro meses depois, o PokerStars anunciou a compra do FTP, garantindo o pagamento dos afetados.
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