Se quando o assunto é o número de braceletes Phil Hellmuth é uma unanimidade, com 15 conquistas, o “senhor dos anéis” da WSOP Circuit é o romeno Valentin Vornicu, que possui nada menos do que 12 joias da série. As duas últimas vitórias ainda vieram de forma impressionante, com o profissional faturando dois anéis em um período de apenas 30 horas.

Pela primeira vez em território verde e amarelo, Vornicu está prestigiando a WSOP Brazil Rio, em busca do 13º título e também de boas festas no Rio de Janeiro. Na carreira, ele soma mais de US$ 1,2 milhão em premiações ao vivo, segundo o HendonMob, apesar de ainda não ter um bracelete de WSOP no recheado currículo.

Até agora, a participação do romeno nos torneios não foi das melhores. Eliminado fora do ITM no Big Challenger, ele decidiu não jogar o Super High Roller para poder participar do 8-Game Mix nesta quinta-feira, mas acabou também eliminado do torneio que reúne modalidades menos populares de poker.

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Bem humorado, Vornicu concedeu entrevista ao SuperPoker falando sobre suas impressões do Brasil, as conquistas da carreira e muito mais. Confira.

Valentin Vornicu – WSOP 2018

Valentin Vornicu – WSOP 2018

É sua primeira vez aqui? O que está achando até agora?

Todo mundo me diz que é perigoso lá fora e que eu deveria ter medo porque sou gringo, mas eu sou meio maluco (risos). Saí sozinho ontem à noite, andei pela praia, encontrei um restaurante, foi muito bom. Por enquanto tudo bem, mas tenho certeza que os ladrões vão chegar (risos).

Qual sua opinião sobre a estrutura montada aqui no Copacabana Palace?

O prédio é incrível, está tudo lindo. Eu vim aqui há alguns dias e ainda não havia nada nos salões, estava vazio, e de repente estava cheio de mesas, pessoas, é ótimo, me sinto muito bem e estou gostando bastante.

Qual o segredo para ganhar 12 anéis?

É muito simples, você não vai acreditar: primeiro, você ganha 11 e depois ganha mais um, não tem outra maneira (risos). Mas falando sério, o segredo foi jogar muitos, jogar bem, não necessariamente bem, mas melhor do que seus adversários. É uma combinação, porque você pode dar sorte uma ou duas vezes, mas você tem que trabalhar e estudar, pois essa é a única forma que os resultados virão de forma consistente.

O fato de não ter um bracelete da WSOP te incomoda?

É uma questão de números, eu tenho ido para Vegas nos últimos três anos, joguei muitos torneios, fui longe no Main Event, fiz várias mesas finais, em eventos de HORSE, Razz, em uma mesa com [Daniel] Negreanu, David [Benyamine], grande jogadores. Mas não é fácil ganhar um bracelete, você tem que jogar muitos eventos e está enfrentando os melhores do mundo, então você precisa dar um pouco de sorte, é isso. Eu só tenho jogado o calendário completo há três anos, então não estou preocupado, se acontecer, aconteceu. Por exemplo, Stephen Chidwick, um grande jogador, já jogou muito mais do que eu, e é obviamente melhor do que, não tenho vergonha de dizer isso, e não tem bracelete. Então não me importo muito com isso.

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Algo aqui no Brasil te surpreendeu até agora?

Sim, quero saber onde está o samba, onde estão as pessoas dançando nas ruas? (risos). Eu ainda não vi nada disso, fiquei um pouco decepcionado, quero mais festas, onde estão as festas? Achei que o Brasil fosse o país das festas, mas todos estão indo dormir cedo, está tudo fechado, o que está acontecendo? Alguém precisa me apontar para as festas.

Valentin Vornicu – WSOP Brazil Rio

Valentin Vornicu – WSOP Brazil Rio

Já provou a comida brasileira? O que achou?

Eu sou vegano, então estou buscando os restaurantes veganos aqui, e estou gostando. A comida brasileira é diferente do que esperava, experimentei coisas como arroz com tapioca, bananas fritas, muita salada, coisas assim, por enquanto está bom, mas ainda existem alguns lugares na minha lista que quero visitar.

E o relacionamento com os jogadores nas mesas, como tem sido?

Brasileiros são sempre amigáveis, mas não acho que muitas pessoas têm um bom inglês, então isso dificulta um pouco, se eu falasse português provavelmente teria conversado mais, tem sido um pouco difícil, mas fazemos o que podemos, fazemos piadas com as mãos, o que quer que funcione.

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