Vice-campeão do Evento #72 da WSOP (World Series of Poker), no último dia 15 em Las Vegas, Rafael Mota compareceu ao BSOP Millions e conversou com o SuperPoker. Entre os assuntos, o jogador falou sobre a campanha em solo americano, o retorno ao poker live no Brasil e mais.
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Em entrevista no salão, Mota comemorou e explicou o planejamento que culminou no vice-campeonato. “Para mim, é gratificante”, começou. “Foi a primeira vez que eu fui a Vegas para jogar poker, fui numa reta muito apertada porque não quis fazer quarentena. Fui para jogar dois torneios. Ou eu jogaria só o Main Event, passaria e daria bom, ou então jogaria o ME e esse torneio que eu já tinha visto na grade. Aí joguei dois torneios e acabei chegando na retinha, ficando no heads-up e caindo em segundo”, explicou o jogador.
O jogador deu algumas dicas para quem deseja ir a Vegas. “Precisa se preparar bem para jogar em Vegas, porque é uma maratona (…) Jogadores recreativos como eu têm que saber que se precisar tem que jogar o jogo para chegar, porque senão você vai runnando mas se chegar no final e você não estiver disposto a atolar uma mão, a blefar, você não vai chegar”, afirmou.
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Por mais que o resultado no Main Event não tenha sido tão bom, o jogo teve pontos positivos. “Foi uma experiência muito boa jogar o ME, acho que isso que me deu condição de jogar o outro torneio porque mudou minha cabeça. Tomei um blefe maluco, tive medo de cair… Isso mudou minha reta em Las Vegas, porque eu joguei o torneio para frente (…) Acho que a experiência pra mim foi muito positiva, ano que vem volto com outra mentalidade”, confessou Mota.
Sobre o heads-up, ele falou do desafio de enfrentar Motoyoshi Okamura. “Foi bem difícil jogar contra ele. Depois fui ver as anotações dele, é um jogador de um ano só, as ações que ele tomava eram sempre muito rápidas”, falou Mota. “No Omaha, ele dava call com um par, acertando muito. Então eu estava betando blockers, betando sequência, flush draw, tudo, e ele dando call com um par. Depois que eu fui perceber que assim ele já tinha praticamente feito 4 para 1. Aí já era tarde”, disse o brazuca.
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Mota também fez questão de destacar os pontos positivos do um contra um. “A sensação foi incrível. Quando eu faço 3 para 1, se tivesse mais rodadas de Hold’em, com certeza eu ia colocar ele na porta em várias mãos e o bracelete viria a qualquer momento (…) Esse japonês ficou na minha cabeça uns cinco dias, mas quando eu voltei para São Paulo, ele saiu, já estamos com outra cabeça e aproveitando o grande resultado. Feliz demais, agora só aproveitar o BSOP”, falou.
Quanto à presença no BSOP Millions, Mota celebrou a troca de experiências com a comunidade. “Muito legal. Já tinha grandes amigos, muitos eu acabei conhecendo aqui, muito legal essa receptividade do povo. Desde o dia que eu cheguei, ainda tem gente dando parabéns, muito gratificante. Todo jogador tem que ter essa experiência de jogar em Vegas um dia”, declarou o craque.
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Por fim, Mota também expressou as diferenças entre o BSOP e a WSOP. “A estrutura do BSOP não tem nada igual no mundo em relação a profissionalismo. Dealers, etc. Na WSOP, você joga um torneio com muito mais estrangeiros, field gigante. Mas aqui, a estrutura, para mim, ainda ganha de Vegas. Tanto caixa, quanto organização, floor, posição, pontualidade… aqui não tem igual. Vegas é uma boa estrutura também, mas é fila pra tudo, é dealer que erra muito porque é crupiê, você tem que estar atento o tempo todo, principalmente quem não tem inglês fluente”, finalizou.
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