Que o WPT World Championship seria um evento extremamente grandioso não era dúvida para ninguém, mas a estrutura preparada no salão do Wynn, em Las Vegas, chamou atenção até mesmo dos jogadores mais acostumados a grandes festivais. Foi o caso de Rafael Reis, brasileiro que fez reta final do WPT Prime Championship, torneio que reuniu um field histórico e distribuiu mais de US$ 5 milhões em premiação.
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“O evento está absurdo”, disse ele em entrevista ao SuperPoker. “Surpresa não é, pois o poker vem crescendo há muito tempo, então todo ano cresce mais, e Vegas cresceu demais fora de época. Antigamente Las Vegas tinha as seasons do Venetian que era a série do Extravaganza, eles faziam de três a quatro vezes no ano, mas não eram séries gigantes, só eram gigantes na época de verão, que é quando se tem a WSOP”.
O jogador comentou que o fluxo de grandes séries tem aumentado desde que a pandemia de COVID-19 chegou ao fim. “Desde o fim da pandemia, Las Vegas vem recebendo grandes séries ao longo do ano, mas nada comparado com essa. Essa do WPT junto com o Wynn ficou absurda. O local, a estrutura, tudo. Eles colocaram as mesas em um Ballroom, tiraram do cassino que era muito ruim de jogar. Agora o lugar é lindo, com mesas boas, dealers bons, cadeiras boas e esse ambiente do Wynn que é fantástico. A estrutura do evento está de parabéns mesmo, WPT e Wynn. Espero que eles continuem fazendo mais eventos como esse.”
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Com fields gigantescos como o do Prime Championship, que reuniu 5.430 entradas, o salão do Wynn recebeu diversos tipos de jogadores, que vieram de todas as partes do mundo. “Eu tenho muita experiência com o field americano por jogar aqui há anos”, comentou Rafael Reis. “Acredito que para esse evento em si vieram muitas pessoas de fora, então tem muitos europeus, teve gente que veio da Ásia, de vários ugares. Nesse evento o field está bem parecido com o da WSOP, mais diversificado, muda um pouco em relação ao field em eventos que não são tão grandes, onde jogam mais os americanos.”
Com um cronograma que reúne disputas com os mais diversos tipos de estruturas e formatos, o WPT World Championship acontece até o dia 18 deste mês, e Rafael contou que pretende continuar participando até o fim. “Achei que a escolha da grade foi muito boa, vou jogar todos os eventos. Só acho que eles deveriam ter colocado o Mystery Bounty antes do Main Event, porque é um dos torneios mais divertidos, mas isso é só questão de gosto. Mas vai acontecer o Mystery, que eu acho que vai ser o terceiro maior torneio da série, com o Main em primeiro e esse que eu acabei die ser eliminado [Prime Championship] em segundo.”
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O profissional deixou o Prime no Dia 3, quando foi eliminado na 47ª colocação entre os 5.430 participantes. “Óbvio que eles esperavam que fosse um sucesso, mas tenho certeza que eles não esperavam que seria tanto assim”, falou ele. “No último dia, Dia 1C, dia em que eu joguei, foram 1.000 alternates, isso mostra que se a gente estivesse em lugar maior, mesmo aqui sendo um lugar muito grande já, com muitas mesas, se tivesse mais espaço acho que teria sido ainda maior.
Por fim, Rafael Reis elogiou as inovações do festival e também deixou um conselho. “A única coisa que eu não gostei muito, até brinquei deixando uma dica no meu Instagram, foi que, eles fizeram um show bacana no intervalo do último dia classificatório com duas ou três atrações, achei que foi maravilhoso para não ficar uma experiência apenas voltada para o jogo e sim um algo a mais, mas prejudicaram que jogou no Dia 1C. O jogo precisou ser estendido até mais tarde, e o retorno não foi alterado, então eu acabei jogando o Dia 2 um pouco mais cansado. Da próxima poderiam estender a volta.”
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