Quando o PokerStars Players Championship foi anunciado, toda a comunidade do poker mundial ficou espantada com a enorme estrutura e prize pool divulgado pela organização. Desde então, começou a busca pelo Platinum Pass ou o planejamento dos jogadores para dar o buy-in no gigantesco torneio.
Um dos brasileiros que se planejaram e investiram os US$ 25.000 no buy-in do torneio foi o publicitário Fábio Freitas. Além de ser uma referência na sua área, tendo conquistado o prêmio Caboré em 2012 na categoria profissional de mídia, o paulista é presença constante nos principais torneios de poker do mundo. “Vir para as Bahamas é sempre um grande prazer, eu gosto muito e minha família também”, falou o recreativo que concluiu. “Venho desde 2013 pra cá, foi o [Igor] Federal que me apresentou e sempre me programo para estar aqui anualmente”.
Apesar de já ter jogado diversos eventos importantes, Fábio nunca havia dado um buy-in tão alto na sua trajetória no poker e explicou os motivos para tomar a decisão. “Para nós que jogamos e gostamos, o US$ 25.000 não tinha como não jogar. O valor está muito fora do que estou acostumado, nunca tinha investido tanto, mas com um field tão soft para um evento deste tamanho tínhamos que dar um jeito”.
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Fábio teve um excelente começo e as coisas continuaram dando certo no segundo dia de competição, mas na reta final acabou tendo grandes dificuldades e passou curto para o Dia 3 e se manteve assim até o estouro da bolha. O publicitário explicou como conseguiu sobreviver à bolha mais cara da sua carreira no poker. “Consegui me manter vivo por causa da disciplina. Escapei de um set over set, em que o board acabou me ajudando. Depois, eu recebo KK no big e o Leo Fernandes acerta uma trinca de sete no flop, mas ainda economizei fichas, pois no river veio um A. Essas duas mãos, são exemplo que eu poderia ter caído, mas me classifiquei com onze blinds para o Dia 3 e no início já consegui fazer um resteal, que me ajudou a me manter até a bolha, pois a partir daí só foldei”.
O sufoco ainda contou com dois folds que ele considerou como cruciais. “Faltavam apenas cinco pessoas para o ITM e eu recebi um 88, mas um vilão já tinha aberto. Como estava tão próximo optei pelo fold, mesmo com apenas dez blinds. Depois, recebi um AQo com um stack ainda menor, sete blinds, e novamente foldei”.
A disciplina deu resultado, o brasileiro sobreviveu ao estouro da bolha e foi eliminado na 181ª colocação, o primeiro dentro da faixa de premiação, e recebeu US$ 25.450 pela performance. Apesar da situação difícil, o jogador resumiu de forma diferente a reta final no PokerStars Players Championship. “Eu estava tranquilo, pois sabia que iria sobreviver à bolha. Na minha mesa já possuía um cara menor que eu e ele estaria em all in antes de mim. Então, por isso estava de certa forma tranquilo”.
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