Quem acompanha Gustavo Lopes, o “Vascão”, pelas mesas de poker já deve ter percebido algo sobre o jogador. Na grande maioria das fotos, seja em Las Vegas ou nas etapas do BSOP, o recreativo de Brasília (DF) parece estar sempre com a mesma jaqueta e boné. Isso não é por acaso. Vascão é um fã das superstições.

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“Mas isso não é superstição, é mandinga, pô. É mandinga!”, brinca o jogador. Em sua participação no Pokercast, ele falou com muito bom humor sobre o assunto, explicando que não leva isso para sua vida pessoal. “Mas o engraçado é que eu só levo isso no poker, entendeu? Isso é só no poker”, contou. “E até tem uma explicação científica, vamos dizer, que é pra gente manter o foco, entendeu? E comigo, o problema é o seguinte: quanto mais eu vou avançando no dia, mais mandingueiro eu fico (risos).”

Vascão nunca tira foto de mesa final sentado

Vascão nunca tira foto de mesa final sentado

O motivo por usar o mesmo casaco há anos nos eventos também foi explicado por Vascão. “Realmente, eu uso somente o mesmo casaco, aquele da WSOP, e tem até um motivo que eu vou contar, vou abrir agora pro Brasil”, explicou. “Por que que eu tenho aquele casaco? Porque é o casaco que tampa meu pescoço, cobre minha jugular. Eu sou muito ligado aos tells, que você vê no meio do live também, é engraçado. Eu fui uma vez e consegui um casaco que também tampava o pescoço, fui trocar o casaco… A p*rra não regulou, caí, como é que eu vou trocar de casaco? (risos).”

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O boné também faz parte do “kit mandinga” do jogador para os torneios. Em um BSOP Brasília, após ir ao quarto do hotel no break, Vascão perdeu a peça. Sobrou para um amigo correr atrás do boné salvador, que precisou ser trocado após estar muito desgastado. “Eu desesperado, começo: ‘Lúcio, por favor, acha meu boné, cara. Vê se caiu no meio do caminho do quarto até aqui, faz o roteiro todinho’. O Lúcio, tadinho, já tinha caído do torneio, aí você vê que é parceiro mesmo, né? Fez todo o trajeto que eu tinha feito e nada. Aí de repente, ele: ‘Vascão, achei, tava na mão do segurança’, e me entregou. Eu falei ‘putz, que alívio’.”

Gustavo Vascão - BSOP Brasília

O boné de Vascão é novo, mas a jaqueta continua a mesma

Outra “mandinga” do brasiliense, menos óbvia a quem observa, é que Vascão precisa sempre sair do salão de torneios pela mesma porta em que entrou. Em Vegas, inclusive, o jogador teve que gastar o inglês para conseguir convencer o segurança. “Eu, Akkari, Foster e Bozzano saindo do Main Event, no salão, eu falo: ‘pô, os caras ficam fechando a porta, onde já se viu isso'”, contou. “Aí de novo, mesma historinha, eu pro segurança: “não, meu amigo, eu tenho que sair por aqui, entrei por aqui, tenho que sair”. E vai explicar com o meu inglês mais ou menos (risos).”

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Se chega em uma mesa final, Vascão também se recusa a sair sentado na foto oficial, o que daria azar. Acredite você em superstições e mandingas ou não, o fato é que o recreativo tem US$ 550 mil em premiações ao vivo na carreira. Entre elas, está o título do Main Event do BSOP Curitiba e o vice no Main Event do BSOP São Paulo. Pelo menos para Vascão, as mandingas parecem funcionar bem.

Confira essa e outras histórias no episódio completo do Pokercast