Para muitos jogadores, conquistar um big hit pode dar início a uma nova fase no jogo, com buy-ins maiores e maior variância. Para Daniel Ott, no entanto, o importante é continuar levando a vida numa boa. No ano passado, o americano foi o vice-campeão do Main Event, levando US$ 4,7 milhões.

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Quase um ano depois da grande conquista, Ott demonstra ter a cabeça no lugar e saber o que busca da vida. Em entrevista ao SuperPoker, ele revelou que pretende seguir jogando os buy-ins de sempre, focando em buscar mais resultados. Por outro lado, entrar para o mundo dos High Rollers ou buscar se tornar uma celebridade do poker não o interessam. Confira.

Quase um ano depois do resultado, como é a vida do vice-campeão da WSOP?
A vida é ótima, eu posso curtir, levar a vida numa boa, fazer o que eu quero, é muito bom.

Você mudou algo em sua rotina com o dinheiro e a conquista?
A minha rotina ainda é a mesma, não mudei muito.

As pessoas têm te reconhecido nos salões?
Sim, algumas pessoas. Como eu cortei o cabelo, nem todos reconhecem (risos), mas várias pessoas vêm falar.

Quais seus planos para esta WSOP?
Vou jogar a maioria dos eventos de No Limit, mas acho que vai ser isso, vou jogar a série toda. Vou tentar ganhar um bracelete e quem sabe outra reta final do Main Event.

Daniel Ott

Daniel Ott

Você chegou a rever a mesa final do ano passado?
Sim, eu reassisti. Eu tenho DVDs com todos os episódios não editados, e também assisti os episódios da ESPN, então vi das duas formas.

Se arrepende de alguma jogada?
Claro que vendo as cartas, eu poderia ter jogado algumas mãos de forma diferente, mas não posso me culpar. O segundo lugar ainda foi muito bom.

Tendo conquistado um grande prêmio, você pretende passar a jogar os High Rollers?
Não, eu não sou muito fã de High Rollers. Quero ir devagar, jogar os torneios menores, tentar não perder milhões de dólares (risos) e jogar tranquilo.

Qual é a chave para ir longe no Main Event?
Você tem que jogar pacientemente, mas ser agressivo. Não pode ter medo de blefar, de perder, se você acha que uma jogada é certa, tem que fazer. E claro, tem que ter sorte, isso é definitivamente uma grande parte (risos).

Com a vitória de Scott Blumstein, acha que o título do Main Event ficou em boas mãos?
Sim, com certeza. O Scott pode se tornar um grande embaixador para o poker, ele mereceu a vitória.

O que você achou do pedido de desculpas de Chris Ferguson à comunidade do poker?
Hum… sete anos depois pedir desculpa, é algo meio… eu não sei nem descrever, é um pouco tarde demais para isso.

Você tem a ambição de se tornar um embaixador do jogo, ou prefere manter o low profile?
Eu gostaria de ser um embaixador, mas sou mais low profile no geral. De qualquer maneira, estou feliz.

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