A WSOP 2016 foi toda de Jason Mercier. Em uma performance que incluiu a conquista de dois braceletes e um vice-campeonato, ele terminou como o Jogador do Ano da série e levou mais de US$ 800 mil em premiações.
Além disso, o americano também foi o protagonista de uma das cenas mais curiosas do ano passado. Acompanhado do cachorro do casal, o simpático Marshmallow, Mercier pediu em casamento sua namorada, Natasha Barbour, após a eliminação dela na mesa da TV.
Na WSOP 2017, Mercier não conseguiu manter o ritmo de vitórias, mas ficou com a quinta colocação no Evento #30 (US$ 10.000 H.O.R.S.E. Championship) e terminou mais três vezes entre os 20 primeiros. A grande cravada, por outro lado, veio com a gravidez da esposa Natasha, que dará à luz um menino, poucos meses após o fim da série.
Nesta temporada em Las Vegas, o casal está dividindo uma casa com o brasileiro Felipe Mojave. A amizade entre os três resultou até na formação de um dos times para o Tag Team de buy-in US$ 10.000. Em entrevista ao SuperPoker, Mercier falou sobre Mojave como companheiro de casa e sobre a WSOP 2017. Confira.
No ano passado, você foi o Jogador do Ano. Está desapontado com sua performance neste ano?
Na verdade não, eu sinto que fiz reta final em um número decente de torneios, mas acabei caindo nas últimas mesas. Eu ainda tenho uma chance de ganhar o bracelete no Main Event, então estou focado nisso.
Você concorda que o sistema de Jogador do Ano de 2017 é falho?
Para ser honesto, eu não presto muita atenção nisso, mas sei que todos estão falando nisso. Eu não sei como funcionava, nem como funciona agora, então não sei comentar. Mas eu assumo que se o Daniel [Negreanu] está dizendo isso, provavelmente é falho, porque ele é bem preciso nesses assuntos.
Você vai ser pai em breve. Como está a expectativa?
Estou muito animado, terei um menino alguns meses após a WSOP, então vou tirar uma folga das mesas, relaxar e me preparar para ser um bom pai.
Você está dividindo uma casa com Felipe Mojave. Ele é um bom companheiro de casa?
Sim, ele é provavelmente o melhor companheiro de casa que eu já tive. Ele faz compras, limpa a casa, é quieto, então ele está definitivamente acima da média.
E vocês saem bastante juntos?
Com certeza, jogamos muitos dos mesmos eventos na série, então normalmente estamos em mesas próximas ou até na mesma mesa. Quando o dia acaba, nós saímos para comer ou ficamos em casa conversando sobre o dia.
Qual seria sua melhor modalidade? E a pior?
Meu pior jogo é, provavelmente, o Limit Hold’em, eu não consigo me dar bem nos torneios dessa modalidade. Não tenho certeza sobre o meu melhor jogo no momento, porque eu melhorei muito nos Mixed Games e não tenho tido tantos resultados em Pot Limit Omaha quanto eu costumava ter, então não tenho certeza hoje em dia, talvez Stud Hi.
O que você achou do fim do November Nine?
Eu achei bom. Acredito que foi uma boa ideia no início, mas é brutal ter que esperar tanto tempo para jogar um torneio, tanto pode acontecer na vida de uma pessoa e no jogo em três meses, jogadores contratam coaches, enfim. Eu acho que se você entra em um torneio, deve poder finalizá-lo na hora, seria ótimo se eu fizesse a mesa final e pudesse jogar direto.
O Bodog é o patrocinador oficial da cobertura do SuperPoker na World Series of Poker 2017
