Em 2017, o mundo do poker ficou em choque a potência da Inteligência Artificial batizada de Libratus. Enfrentando um time formado por Jason Les, Jimmy Chou, Daniel McAulay e Dong Kim, em duelos heads-up, a máquina teve um desempenho incrível, superando os humanos por uma vantagem de 14 big blinds a cada 100 mãos, uma diferença significativa para o “bot” anterior, chamado de Claudico, que perdeu para uma equipe de profissionais.
Agora, as habilidades de Libratus serão utilizadas em um meio bem diferente dos jogos de poker. Professor de Ciências da Computação na Carnegie Mellong University e criador da máquina, Tuomas Sandholm criou a start-up Strategy Robot para usar as habilidades da máquina em outras áreas. Agora, ele fechou um contrato de US$ 10 milhões com o Pentágono para trazer sua tecnologia para o exército americano.
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Segundo a revista Wired, o interesse é no algoritmo de tomada de decisões do Libratus, baseado em informações incompletas, que pode ser utilizado para simulações, por exemplo, e estratégia militar em geral. Ao contrário de jogos de informações completas, como xadrez e Go, em que programas já superaram os melhores do mundo, no No Limit Hold’em nenhuma tecnologia havia dominado o jogo como o Libratus, que usava as próprias partidas contra os humanos para se preparar para as próximas.
Apesar da vantagem do computador e de a existência de bots ser um problema real no poker online, tecnologias como a do Libratus ainda estão muito longe de serem acessíveis ao público em geral. Além disso, na época do desafio, a equipe responsável explicou que a Inteligência Artificial teria ainda bastante dificuldade em uma mesa com mais jogadores ao invés de um heads-up.