Você pode até não conhecer o rosto ou o nome dele, mas se já assistiu um episódio que seja do Main Event da WSOP, com certeza conhece a voz de Norman Chad. Ele é o comentarista do torneio na ESPN desde 2003, fazendo em 2017 a sua 15ª participação na série.
Ao lado de Lon McEachern, ele narrou a vitória de Chris Moneymaker em 2003, que causou o “boom” do poker e permitiu que o jogo chegasse ao status que possui hoje. Desde então, acompanhou de perto a evolução da WSOP, sendo o comentarista da transmissão de todos os dias finais de Main Event.
Além de participar na cabine de transmissão, Norman Chad também pode ser encontrado nas mesas da WSOP. Em 2017, ele já participou de eventos como o H.O.R.S.E de US$ 3.000 e o Stud 8, de buy-in de US$ 1.500. Apesar disso, existe uma modalidade que você nunca vai encontrá-lo jogando.
Saiba qual é essa modalidade e conheça mais sobre a história de uma das lendas da WSOP na entrevista que Chad concedeu ao SuperPoker. Acostumado a fazer piadas na transmissão, ele não passou uma resposta sem dar falinha. Confira!
O que mudou desde que você começou a transmitir a WSOP?
Quando começamos, na verdade no ano antes de eu começar, tinham 600 pessoas no Main Event. No ano seguinte, com Chris Moneymaker, tinham 800, e agora temos 7 ou 8 mil, então essa foi a grande mudança. Isso aconteceu principalmente pela cobertura da TV e também a internet e o poker online.
Como você se prepara para as transmissões, com as piadas e tudo mais?
Acabou o meu estoque de piadas (risos). Eu já falei demais e acho que não tenho mais nada a dizer, sempre foi divertido fazer, mas quando você vê a mesma coisa várias vezes, começa a dizer as mesmas coisas várias vezes. Então eu provavelmente preciso que alguém escreva todas as piadas para mim agora.
Você e seu companheiro de transmissão, Lon McEachern, são amigos longe das câmeras?
Nós precisamos ser, porque passamos bastante tempo juntos, mas eu não conhecia ele antes de começarmos a transmitir. Ele é uma pessoa muito fácil de lidar e eu não sou tão fácil assim, então ele faz um bom trabalho em me aguentar o dia inteiro (risos). Mas sim, nós dois vivemos na Califórnia, então nos vemos bastante.
Você também joga a WSOP. Quais são seus eventos favoritos?
Eu nunca jogo Hold’em, em lugar nenhum. Eu nunca gostei de Hold’em, não sou bom em Hold’em, resumindo, eu odeio Hold’em (risos). Foco nos outros jogos, Stud, Stud 8, Omaha, Omaha 8, qualquer jogo que não Hold’em.
Qual foi o momento mais engraçado que você já passou em uma transmissão?
Essa é uma pergunta complicada, eu acho que não consigo dar uma resposta para isso. Eu tenho uma memória ruim, às vezes as pessoas me dizem uma coisa engraçada que eu disse na transmissão e eu não lembro de ter dito aquilo (risos). Eu costumo falar “parece algo que eu diria, mas não lembro de ter dito”, minha memória é horrível para essas coisas.
Você tem planos de parar de trabalhar na transmissão?
Não tenho certeza. Eu achei que faria isso apenas por cinco anos, porque eu gosto de fazer as coisas por apenas cinco anos, inclusive casamentos (risos). Agora estou chegando no 15º ano e o problema é que eu não sou qualificado para fazer nada além disso. Então continuarei fazendo isso até que eles me mandem parar ou até que eu esteja sendo tão ruim que vou simplesmente colocar minha cabeça dentro da privada e parar de falar (risos).
O que você achou do fim do November Nine?
O November Nine foi bom para o poker de alguma maneira, mas eu nunca fui um fã do formato. Era divertido e eu gostava de fazer a transmissão no teatro Penn & Teller [antigo palco do November Nine, que não será usado neste ano], porque a atmosfera era diferente. Mas eu nunca gostei de ter o evento parado por 100 dias, então achei bom que terminaremos em julho e teremos tudo ao vivo. Acredito que será melhor do que nunca nesse formato.
O Bodog é o patrocinador oficial da cobertura do SuperPoker na World Series of Poker 2017