Dalton Hobold é um dos principais nomes do poker brasileiro nos últimos anos, conquistando grandes resultados no online e chegando a vencer o ranking de maio do PocketFives. Atualmente na 14ª colocação do ranking geral, o profissional explicou por que não dá muita importância aos rankings. “Eu tentei por um mês focar e consegui ficar em primeiro em um mês, mas cheguei à conclusão que não vale a pena”, contou ao SuperPoker no BSOP Millions.

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“Primeiro que naquele mês que eu atingi, nem sei se fiquei up, é sinistro”, contou o craque, que tem mais de US$ 4,3 milhões em prêmios online, segundo o PocketFives. “Não quer dizer que você ganhou se ficou em primeiro, acho que até fiquei up, mas foi pouco. Acho que não é sustentável ficar lutando por rankings, então não é pra mim. Não ligo muito, mas se um dia acontecer, é consequência do trabalho.”

Sem ser fã do poker live, Dalton explicou que foi menos afetado pela pandemia. “Não mudou muito para mim, porque nunca fui de jogar live, não curto muito. Acho que o profissional está no online, mas a gente vem porque é todo um clima diferente. Jogamos anos com os mesmos caras, e só de vir aqui conhecer a galera que você joga contra já vale o preço. Na pandemia, dois anos, meu trampo continuou o mesmo. Foi sonho até, cresceu demais o online, então quanto a isso só 10.”

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Disputando o Super High Rollers do BSOP Millions, o “daltonhb” do online explicou que já se adaptou ao ritmo mais lento do ao vivo. “Neste BSOP, pelo menos, consegui lidar muito bem com isso, mas nos outros eu tinha bastante dificuldade”, revelou. “Estou bem tranquilo, acho que é experiência, porque já joguei alguns outros. Até pelo buy-in, antes quando eu ia jogar live eram torneios muito mais caros do que estava acostumado online, e aqui convertendo para dólar é um de US$ 5K. Não é um torneio que jogo todo dia, mas já joguei alguns, então estou tranquilo.”

Dalton Hobold conheceu no BSOP Millions seus oponentes diários do online

Para esta já histórica edição do BSOP Millions, o encontro com seus costumeiros “vilões” na mesa é o ponto alto. “Isso é sensacional, é muito massa”, celebrou. “É imperdível vir e poder jogar com os mesmos que você joga todo dia, mas ao vivo, olhando na cara. É uma sensação difícil de explicar, tem que vivenciar, É legal porque a gente se conhece demais, mas no jogo, e às vezes você cria uma ideia pessoal do cara que quando você vê na mesa, não é nada daquilo, é legal.”

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Sobre o sucesso verde e amarelo nos feltros virtuais, dominando o ranking do PocketFives, Dalton falou que é hora de estabelecer uma lógica diferenciada. “É o Brasil que está movendo o poker, então é natural que daqui saiam os craques”, disse. “Hoje se inverteu, a gente admirava muito os caras bons de fora, mas hoje é o contrário, eles admiram os brasileiros. Os picas mesmo estão aqui, para mim é isso mesmo, acredito nisso e inverti essa ideia há bastante tempo.”

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