Roberly Felício fez história conquistando o quinto bracelete do Brasil e a forra milionária ao vencer o Colossus da WSOP 2018. Durante a caminhada do título, uma mão em especial se destacou: o goiano acertando três outs no river, após se envolver em um all in no flop, para dobrar seu stack durante o heads-up.

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Podia ser apenas uma bad beat a favor do brasileiro. Porém, logo após os jogadores darem o showdown, e Sang Liu se ver em vantagem, o norte-americano começou a festejar. A mão é tão marcante que até hoje é o clipe de poker mais assistido da história da Twitch:

Relembre a marcante mão de Roberly Felício e a dancinha do adversário:

Para o empresário de Goiás, a mão tem outro elemento que deixa ela ainda mais memorável. “Nessa mão histórica tem um detalhe que eu sempre gosto de dizer e lembrar para todas as pessoas, é agradecer o Gabriel Grilo, que foi um cara muito bacana comigo. Ficou pra história ele gravando a televisão e pedindo pra todos chamarem o oito. A primeira coisa que eu lembro é isso, ainda mais que ele não podia vibrar por estar trabalhando”.

Roberly também comentou sobre o momento da mão, até o river ser revelado. “Eu tive que manter um equilíbrio muito grande com o adversário dançando e pulando. As pessoas me questionam se eu fiquei bravo com aquilo, mas pra mim foi apenas uma história que ficou gravada e me fez crescer muito”.

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O campeão mundial acredita que a mão deixou um ensinamento que vai além das mesas. “Virou algo bastante interessante que é aquela coisa de você não desistir e sempre acreditar. Eu disse na época, meu oito estava naquele baralho e sabia que ele ia bater. São emoções que eu gosto de dizer sempre, que eu queria que todo jogador de poker, principalmente os recreativos, vivessem. Foi algo muito marcante, que me fez crescer muito e pro meu coração foi bom [risos]”, brincou o campeão.

Roberly Felicio foi o primeiro brasileiro recreativo a conquistar o título mundial

O clipe na plataforma está perto de alcançar 470 mil visualizações. “Eu não sabia dessa informação”, disse surpreso. “São coisas assim, que pra mim que sou recreativo e que vivo o poker, jogo por prazer e dentro do meu limite financeiro, saber dessa notícia é bom porque as pessoas que me acompanham até hoje tivessem essa noção do que é o poker. Já passaram cinco anos e eu tenho o mesmo prazer e alegria, eu sempre falo que as pessoas precisam jogar dentre deste limite financeiro. Se você faz isso, também terá essas histórias que vão te acompanhar e tomara que as pessoas que me assistiram também tenham me visto desta forma, pra se ter esse equilíbrio financeiro e jogar por prazer”.

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Questionado sobre o que ele sente assistindo à cena cinco anos depois, Roberly Felício não vê maldade no americano. “Eu não consigo ver deboche, apenas um momento de emoção. Joguei com ele dois dias antes e ele era daquele jeito, uma pessoa alegre e brincalhona. Outra coisa que, talvez, as pessoas não saibam é ele tinha uma ou duas pessoas juntas, enquanto eu estava com toda a comunidade me apoiando, aquela vibração do brasileiro. Acho que a gente tem que respeitar a personalidade de cada um”.

O dono do bracelete encerrou fazendo uma revelação. “Vou dizer isso pela primeira vez, essa mão me ‘roubou’ o direito de chorar na mesa. Quando levo uma pancada do baralho, uma bad beat, eu me lembro que estava em um heads-up de US$ 500 mil e me falo. ‘Lembra daquele cara’, não sei se isso é bom ou ruim”.

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