Pedro Garagnani é uma das figuras mais notáveis do cenário do poker brasileiro e mundial. Marcando presença nas mesas mais caras do online frequentemente, o “pvigar” já é nome consolidado, mas no começo de sua trajetória adulta, seus planos não apontavam para as fichas.
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No episódio 189 do Pokercast, Garagnani contou a Guilherme Kalil e Marcelo Lanza que teve outros sonhos antes do poker. Depois de se apaixonar por biologia, foi apresentado ao mundo da informática ainda adolescente, e decidiu cursar engenharia da computação na universidade. “Era algo que achei que seria legal, é uma mistura de engenharia eletrônica e ciências da computação. Meu sonho supremo era trabalhar na Intel”, falou o craque.
Porém, ele deixou claro que sonhar e trabalhar nem sempre é suficiente em casos como esse. “Talvez fosse mais fácil eu ser finalista brasileiro de natação do que trabalhar como desenvolvedor de hardware numa empresa de tecnologia de ponta”, disse. “Tenho bastante convicção que se eu coloco muita energia em cima de uma coisa, eu tenho bastante chance de fazer certo, o problema é onde você aloca energia”.
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Depois do segundo semestre de faculdade, Garagnani percebeu que a engenharia da computação não era o que ele realmente imaginava. “O caminho tradicional para você evoluir numa carreira formal é muito longo, muito demorado, às vezes até menos meritocrata que o poker”, disparou ele. “Tem que fazer estágio fora, trabalhar vários anos, conseguir indicação para trabalhar numa empresa. O caminho tradicional é cruel também”, completou.