Se no primeiro dia do BSOP100, os campeões de etapas e do ranking da série disputaram o Torneio dos Campeões em busca de generosos prêmios, o segundo dia foi apenas de festa. Em um coquetel oferecido pela organização, jogadores que fizeram parte da rica história do evento se reuniram para comer, beber, dar risada e, principalmente, lembrar da alegria e descontração que são necessárias no poker.

A cerimônia também serviu para realizar a entrega oficial dos troféus aos três primeiros colocados do Torneio dos Campeões: Kelvin Kerber, Robson Rodrigues e Bruno Foster, nesta ordem. Antes, aconteceram discursos de uma vereadora de Foz do Iguaçu, Nanci Rafagnin, um representante do Wish Resort, palco do evento, e de Igor Federal, presidente do BSOP.

Pódio do Torneio dos Campeões – BSOP100

Grandes nomes do poker brasileiro participaram da festa, desde aqueles que são presença regular em todas as etapas, como Fernando Grow, até aqueles que marcaram época no poker brasileiro, mas não participam mais do circuito, como Gabriel Goffi. Após a entrega dos trófeus, os campeões se reuniram para uma foto cheia de história e que simboliza bem a grande festa que tem sido esta centésima etapa.

Durante a festa, Federal tirou alguns minutos para falar ao SuperPoker sobre a satisfação com o evento.

Centésima etapa do BSOP. Como é, para você que estava lá no início, participar dessa festa?

Você imagina, em 2006, tudo aquilo que tinha no cenário do que viria a ser o poker, todas as dificuldades, tanto sociais quanto legais, etapas com 50 pessoas, 50 amigos reunidos. Hoje, chegar na centésima etapa, ser o segundo maior torneio de poker do mundo, ter feito etapa com mais de 18 mil jogadores, quase 4.000 no Main Event. Em suma, acho que os fatos do BSOP acabam falando por si só, e poder celebrar convidando os campeões de todas as etapas, fazendo uma foto histórica, acho que simboliza toda essa trajetória, é um dia de muita alegria para gente.

Igor Federal no Coquetel dos Campeões – BSOP100

Kelvin Kerber foi o “Campeão dos Campeões” do BSOP. O título ficou em boas mãos?

Ficou, até tuitei sobre isso. Realmente, é difícil dizer que se o troféu tivesse ido para outro também não estaria, dentro do field tinham muitas ótimas mãos, mas uma delas seguravamente era o Kelvin. Porque é importante que os campeões de poker sejam pessoas que estudam, se dediquem. O poker, cada dia mais, tem que ser feito também para os amadores, e, a cada dia que passa, os profissionais entendem que não existem profissionalismo se não tiver o amador para fazer todo o pano de fundo. O poker é majoritariamente feito pelos amadores, jogadores de entretenimento, e é onde os grandes campeões passam por esse field e se consagram. Esse campeão, na minha opinião, para se distinguir dos jogadores de entretenimento, tem que ser um jogador que se dedica, que estuda, que se aperfeiçoa, que tenta desenvolver as habilidades dele, mental, emocional, psíquica, de percepção, matemática, estatística, tudo para se sagrar o campeão. O Kelvin representa isso e por isso que estou muito feliz com o título dele.

Cá estamos no BSOP100. Onde você gostaria de estar no BSOP200?

Eu acho que o grande desafio do BSOP agora é se transformar num evento latino-americano e depois mundial. Não necessariamente no sentido de ter etapas fora da América Latina, mas que ele atraia jogadores de um nível mundial, o que já acontece no BSOP Millions, mas fazer isso com mais intensidade. Então talvez, no BSOP 200, quero estar num evento com a presença maciça de pessoas de fora do Brasil, acho que esse é o próximo passo.