A paixão de Neymar pelo poker é absolutamente incontestável. É inegável o envolvimento e o brilho no olhar do camisa 10 da seleção quando o assunto é ficha no pano. Diferente de outros importantes embaixadores, formais ou informais, falar do jogo é algo que consegue arrancar sorrisos genuínos dele.

Não foi fácil, no entanto, conseguir chegar até ele em Barcelona. Sem a ajuda de André Akkari, seria impossível. Tudo aconteceu já na parte final da minha rápida viagem para o EPT na cidade catalã. Um dia André me contactou, dizendo que poderia fazer apenas uma pergunta para Ney. Nada de Copa do Mundo. Pensei que para ver coisas dele relacionadas ao futebol, o leitor tem uma gama de sites, jornais e programas televisivos para consultar, então essa restrição não me afetava. A ideia da questão “filha única” me martelava a cabeça, mas óbvio que aceitei. Ele havia falado com Mirelle Moschella, pouco antes da mesa final do High Rollers do BSOP São Paulo, meio que na pressão e agora concederia um minuto para esse repórter.

Depois de um dia, a situação mudou. O que seria uma entrevista coletiva, virou exclusiva. Gerard Piqué, o xerife do Barça, e Sergio Garcia, o do golf, iriam encarar os jornalistas espanhóis e Ney os receberia de maneira individual. Com a ajuda de André, ganhei direito a mais perguntas. Apenas tinha de enviá-las antes. Prática comum quando recebemos os craques do esporte em eventos de poker. Foi assim com Ronaldo Fenômeno, seria assim com Neymar. Sem problemas.

Neymar – EPT Barcelona

Com o encerramento da coletiva, Neymar chegou e se dirigiu à sala anexa. Os jornalistas começaram a entrar, testei o gravador (não podia fazer imagens) e aguardei. Fui o último a ser chamado e sem pressa, perguntei. Akkari e Piqué também deixaram suas falinhas. Foi um momento muito bacana e descontraído. Confira!

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Como foi toda sua experiência de jogar e chegar na mesa final do High Roller do BSOP São Paulo?
Foi uma experiência única, a primeira vez que eu cheguei tão longe em um torneio grande, fiquei muito feliz, muito entusiasmado. É claro que os méritos são do meu coach, o Akkari, que sempre me ajuda, o Rafa [Moraes] também me ajudou, o próprio Stetson [Fraiha], são pessoas que me ajudam quando estou jogando poker, então são jogadores que eu agradeço de estar sempre aprendendo com eles, brincando. É um esporte que eu adoro, fora o futebol estou sempre querendo aprender mais, jogar, fico muito contente.

Como foi ir para o casamento e depois voltar para a mesa final?
O casamento foi maravilhoso, me diverti bastante, fui empolgado de estar na mesa final, me diverti e voltei tentando vencer. Não foi dessa vez, mas fica para a próxima, faltou pouco.

Que jogador de futebol pode rivalizar com você em uma mesa de poker?
Neymar: Este aqui (risos, apontando para Gerard Piqué).
Piqué: Nem sei o que ele falou, mas está errado (risos). Sou melhor do que ele.
Neymar: Temos um last longer entre nós, Piqué é sempre o meu rival (risos).

No seu tempo livre, o que prefere jogar: Counter Strike ou poker?
Agora apertou o jogo (risos). Essa é muito difícil de responder, depende para o que chamarem primeiro. Se tiver muita gente, é o poker, mas se tiver três ou quatro, prefiro CS ou PUBG (Player Unknown Battlegrounds)

Neymar e André Akkari – EPT Barcelona

Na sua opinião, na questão de tomada de decisões, cálculos, no que o poder pode ajudar as pessoas?
Eu acho que a tomada de decisão rápida, você aprender a ler as pessoas, as ações, o nervosismo que a pessoa pode passar, ou você mesmo, controlar as emoções. Às vezes, quando você tem muita carta fica meio eufórico, então você acaba tendo que se controlar mais. Quem joga, sabe que é muito divertido, é cada vez mais prazeroso estar jogando.

O quanto é importante para você o poker? De 0 a 10, quanto você gosta de jogar?
É 10! (Risos)

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