O sucesso de João Vieira em sua carreira no poker é inegável. Recentemente, o português do 4bet Team conquistou seu sétimo título de WCOOP, a principal série do poker online, além de ter garantido seu segundo bracelete de WSOP neste ano. Na carreira, são mais de US$ 5,8 milhões em prêmios live, liderando a lista de jogadores de seu país.
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Nesta quinta-feira (15), o jogador mais conhecido como “Naza” fez um post que foi comentado repostado por diversos perfis nas redes sociais. No texto, que começa com a frase “Fod*-se a motivação”, o profissional explicou porque se incomoda com o conceito de motivação, defendendo que a disciplina é o que se deve buscar.
Confira abaixo o texto na íntegra e opine: você concorda com o craque?
“Fod*-se a Motivação.
Estou na alta competição desde os meus 15 anos. Primeiro no Basquete, depois no Poker. E uma coisa que me incomoda e que discordo profundamente é o conceito de motivação.
Estou motivado para isto, com tesao para aquilo, hoje acordei com pica. E o termo motivação é usado levianamente, como origem e causa do sucesso. Não podia discordar mais de frente.
Motivação é o que nos faz decidir ir por um caminho em vez de outro. O que nos faz definir planos e objetivos. A partir daqui, é Disciplina.
Caso contrário, o que acontece nos dias que não há pica? Cu em casa, não se faz nada?
Estamos numa era, que a meu ver, temos muitas opções. O que é muito bom, por um lado, mas por vezes, empobrece um espírito que queremos rijo.
Aquele espírito rijo dos nossos mais velhos que iam para o mar, ou que subiam as montanhas para ganhar a vida. O espírito rijo de quem lavrou os campos alentejanos ou minhotos. O espírito de quem emigrou – e emigra – para uma vida de sacrifico, longe dos seus, para limpar e construir a vida dos outros.
Ninguém lhes perguntou se estavam motivados para acordar às 5 da manhã. Tinha que ser, e o que tem que ser tem muita força.
É crucial honrar o sangue e suor de quem se sacrificou para nós termos uma vida com melhores condições que eles.
O máximo de mim, cada dia. Motivado ou não.”