Na última etapa do Latin American Poker Tour (LAPT), realizada no Uruguai, Gabriel Mendes conquistou o título do DeepStack Progressive KO. O jogador veio para o Panamá e repetiu o feito, faturando o título do mesmo torneio no LAPT Panamá. Desta vez, o carioca superou um field com 279 entradas e embolsou o prêmio de US$ 23.400, incluindo o prêmio dos bounties. “Foi uma experiência doida, imagino que seja algo raro, ainda mais para um amador”, comentou sobre o grande feito. “Vence o torneio no Uruguai, vem para o Panamá e repete a dose”.

“Estou muito feliz, eu tenho estudado bastante, me preparei muito para vir pro Panamá. Estou há menos de um ano na RegLife e tenho me dedicado diariamente ao poker e aos estudos”, festejou o jornalista.

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Apesar de não viver do jogo, Gabriel conseguiu uma grande economia para vir ao LAPT Panamá. O jogador conseguiu a vaga por meio do Power Path do PokerStars, iniciando a jornada por apenas US$ 1,50. “Além do buy-in do Main Event, dá uma ajuda de US$ 1.000. Com esse dinheiro dei buy-in no Turbo 200 e nesse torneio”.

Mesa Final do Deepstack Progressive KO do LAPT Panamá

Além do generoso prêmio, o campeão ganha valiosos pontos para a disputa do ranking do LAPT. Tendo iniciado a etapa na nona colocação, o jogador soma mais 350 tentos na disputa. “Depois de Montevidéu, eu fui ver a minha pontuação, de forma despretensiosa e vi que estava na oitava colocação. Com a cravada nesse field, devo saltar para o quarto lugar e, sei lá, são só profissionais e eu”.

O campeão também comentou o fato de não ser profissional, mas estar bem classificado no ranking. “Acho que é legal ter um amador, que embora não vive disso. Se dedicar e estudar, você pode estar aí no meio e se o baralho sorrir pra você pode se dar bem”, Gabriel continuou. “Eu fico orgulhoso de mim mesmo, pois eu não estou disputando todos os torneios, não tenho condições de pagar os High Rollers, nem o Main Event, consegui pelo PokerStars”.

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Começando o segundo dia como chip leader, o jogador manteve o stack confortável e chegou a decisão entre os líderes em fichas. Entretanto, com a disputa afunilando, o brasileiro se tornou o short stack quando restavam cinco jogadores. Sabendo administrar a curta pilha, foi sobrevivente e chegou ao heads-up, contra o costarriquenho Edgar Mora, empatado em fichas.

O duelo final começou sem potes expressivos, mas com Gabriel levando a melhor. Porém, após perder um all in pré-flop, o jornalista se deparou com um gigantesco cenário adverso, sobrando com apenas cinco blinds e uma desvantagem superior a dez para um. Sem abdicar do título, o recreativo conquistou dobras em sequência e voltou a possuir um stack considerável.

Pódio do DeepStack Progressive KO do LAPT Panamá

Foi necessário quase uma hora de duelo, mas na primeira oportunidade que voltou a possuir a vantagem, o brasileiro não deixou a vitória escapar. Na mão final, após o flop K38, os finalistas foram all in e o chip leader mostrou K4 contra 86. O turn trouxe outro K, decretando a vitória do jogador. Um 2 no river foi mera formalidade. “Lá no Uruguai eu ofereci a vitória para meu avô, que foi quem me ensinou a jogar poker. Agora, vou dedicar para a minha esposa, Laís Januzzi. Na outra, ela não pode ir, aqui ela conseguiu tirar férias, veio me acompanhar e estamos uma viagem que: de manhã é turismo e de tarde pra mim é poker, pra ela, é mais turismo [risos]”.

O jogador encerrou confirmando presença na próxima etapa, o LAPT Foz. “Eu vou, já marquei férias no trabalho. Como eu não vivo disso, as viagens eu tenho que me organizar para pedir férias e conseguir ir”.

Confira a classificação da mesa final (sem os bounties):

1º – Gabriel Mendes (Brasil) – US$ 11.800

2º – Edgar Mora (Costa Rica) – US$ 7.900

3º – José Dominguez (México) – US$ 5.750

4º – Victor Onizuka (Brasil) – US$ 4.630

5º – Marco Sancho (Costa Rica) – US$ 3.630

6º – Diego Mendez (Costa Rica) – US$ 2.750

7º – Carlos Gamarra (Peru) – US$ 2.000

8º – Fernando Vargas (Colômbia) – US$ 1.480

9º – Manuel Barrenechea (Costa Rica) – US$ 1.230

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