Gabriel Schroeder teve o principal ano de sua carreira no poker em 2023. Os destaques do jogador na temporada incluíram um bom resultado no Venetian, em Las Vegas, e a conquista de seu primeiro bracelete da WSOP cerca de um mês depois. Recentemente, o profissional foi o representante brasileiro na mesa final do Main Event da WSOP Paradise, levando US$ 400 mil, o maior prêmio de sua carreira. Com o resultado, também superou US$ 1 milhão em premiações live, segundo o HendonMob.
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Curiosamente, a sua melhor fase nas mesas começou pouco após Gabriel falar publicamente sobre os momentos difíceis da vida de jogador profissional de poker. Seu post no Instagram, em janeiro, recebeu muitos comentários, tanto públicos quanto em mensagens privadas. Logo após o resultado nas Bahamas, o jogador partiu para Las Vegas, para disputar também o WPT World Championship.
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A motivação para grindar está longe de ser um mistério para quem acompanha Gabriel, que dedica todos seus resultados à esposa, Laissa, e à filha, Isabella. Em entrevista ao SuperPoker sobre o melhor ano da carreira, o craque falou sobre seus resultados, sua transparência sobre os momentos difíceis e ainda revelou como terminou em um táxi com Shaun Deeb em Las Vegas. Confira o papo, na íntegra.
Após um ano que já era de conquistas, você ainda terminou com esse prêmio na WSOP Paradise. O que o resultado nas Bahamas representou para você?
Foi um ótimo ano, né? Meu melhor ano no geral, mas online não tive um ano muito bom. Ganhei, mas o que eu ganhei no live representou uns 80% do que eu ganhei no ano, talvez até mais. É um resultado como qualquer outro, mas muito dinheiro no caso, então melhor que os outros que eu já tive. Foi um lugar legal, levei minha família, que se divertiu. Eu me diverti também, mas não tanto quanto elas. Elas todo dia iam para piscina e a Laissa gostou do local, tenho certeza que a Isabella também gostou.
Sabemos que você sempre foi muito transparente sobre a vida real de um profissional, downswing e tudo mais. Como você vê agora, tendo esse ano bom, essa noção de que há momentos bons e ruins, como analisa essa parte?
Eu sempre soube que tinha esses momentos bons e ruins, né? Eu apenas tive a coragem de transparecer esse lado ruim que dificilmente alguém fala. Quando eu comentei sobre, apareceu muita gente mandando mensagem no privado e falando ‘cara, eu sinto a mesma coisa, não é fácil mesmo esses momentos ruins’. Agora também de Vegas e de Bahamas, muita gente me mandando mensagem, também sobre o assunto da da minha filha. Então eu acho muito legal ter esse reconhecimento das pessoas.
Foi um grande resultado, mas sabemos que você esteve a um coin flip de estar em uma posição ótima na mesa final. Agora, após algum tempo, ainda machuca aquilo ou se é parte do jogo?
A gente aceita que é parte do jogo, mas o coin flip nem foi o principal, né? O principal foi ali um pouco antes, no 9-handed, início da FT no dia anterior, que eu empatei um AA contra um AQo. Era um pote do mesmo tamanho desse que eu perdi ali no 6-handed, que foi o AK x QQ. Os dois potes davam 40 ou 42 milhões de fichas, só que a diferença é que era 9 left.
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Então eu ficaria 8 left, chip leader com uma vantagem grande perante os outros. Ali no 6-handed já não seria tão grande a vantagem. É uma frustração, porque eu sempre fico frustrado. Se eu tivesse ficado em segundo, provavelmente eu ficaria frustrado também. Sempre quero ganhar, mas claro, foi um dinheiro ótimo, minha maior premiação.
Você saiu lá das Bahamas e foi direto para Las Vegas no WPT. Foi esse resultado que te deu a motivação? De onde que está vindo essa vontade de buscar mais?
Inicialmente, eu não estava nem preparado para ir para Bahamas. Eu fui porque eu satelitei o Main Event e joguei o Dia 1 online, então eu passei para o Dia 2, me obriguei a ir e aí já estava programado de, caso desse algo de bom lá, ir para Vegas. E aí foi o que rolou. A gente veio, mas passou um perrengue ferrado no dia que eu vim, porque eu ia pegar o último flight do US$ 10K. Chegando lá na conexão na Carolina do Norte, falam que o voo atrasou, ia sair de lá 17h e chegar 19h10, mas o max late do torneio era às 18h45.
Por coincidência, encontrei o Shaun Deeb no aeroporto e eu perguntei para ele. Ele falou que conseguia fazer o registro de lá e ele deixa as fichas pingando. Daí eu falei ‘pode fazer para mim também?’ Ele topou, dei US$ 10 mil para ele e fui. Deixei as malas com a minha esposa, ela ligou para uma moça que ficou de babá para a Isa no verão de Vegas, para ajudar. O avião pousou, saí direto pro táxi com o Shaun Deeb e viemos. Infelizmente não deu bom, joguei umas duas horas e tchau (risos).
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