Por Jessi Galvane

Eu era um engenheiro civil apaixonado por música e poker. Porém, em novembro de 2018 realizei um treinamento de inteligência emocional onde tomei a decisão de não trabalhar como engenheiro civil e migrar totalmente meu foco para a música e o poker.

No início de 2019, consegui alguns resultados jogando por conta e uma amostragem para ingressar em um time de poker, porém após 3 meses me vi na dúvida e saí desse time. Após dois meses, tomei a decisão de novo de me focar ao poker e à música em paralelo. Foi aí que um amigo me indicou o Samba Poker Team, fiz o cadastro e fui aprovado para fazer parte do time.

VEJA MAIS: “A vida é feita de escolhas, eu escolhi o poker”, por Luana Stadykoski

Iniciei em uma das primeiras grades de torneios do time e estava focado na evolução, não me importando tanto com a parte financeira no começo, até porque eu tinha a música que era um resguardo e já sabia que o foco era no longo prazo. Logo depois de 3 meses, acabei tendo um moveup de grade e comecei a jogar torneios que nunca havia jogado. Foi trágico e no fim de dezembro voltei para a reta na qual iniciei no time.

Foi um fim de ano bem diferente para mim, o sentimento era de fraqueza e de que eu não estava pronto e tinha limitações. Conversado com minha esposa, decidimos nos mudar de Guarulhos, cidade metrópole de Sao Paulo, para a Praia Grande, cidade litorânea de Sao Paulo. Caiu como uma luva, porque foi um divisor de águas, deixei a música de lado e pude focar 100% ao poker.

VEJA MAIS: “Minha história com mind games”, por Larissa Moretti

Essa experiência de morar na praia me fez muito bem, pois me isolei um pouco dos contatos semanais que tinha na cidade em que morava, me privando de festas e etc. Acabei focando mais na minha evolucão profissional e na minha família. Eu estava em um momento delicado, no qual me via na dúvida se eu era capaz de fazer o poker dar certo ou não. Por muitas vezes, me peguei pensando em como seria nos próximos meses na beira da praia com a Layka e depois de um tempos chegou a Zoe, minhas doguinhas, e pensando, como estarei daqui um ano? Conseguirei ser visto a ponto de entrar no time principal? Serei lucrativo? Diversas dúvidas e esse momento me acalmava e me preparava para inciar um novo dia de grind.

Me dedicando 100%, pude estudar mais e grindar mais com isso começaram a vir os resultados e tive novamente a oportunidade de encarar buy ins mais altos e ter um aumento no meu AVG. Dessa vez foi diferente, estava mais consolidado e me mantive e, após alguns meses subindo mais foi quando eu comecei a jogar o Sunday Milion. Após uns 3 meses jogando-o, eu tive meu primeiro big hit, um quarto lugar no Sunday Milion, mais um divisor de águas. Foi a consolidação que eu precisava, primeiro por me dar uma segurança financeira por mais um tempo e por saber que é um torneio tão almejado por muitos que são referências para mim e que nunca haviam feito uma mesa final de tal magnitude.

VEJA MAIS: Samba Poker Team: “Como o poker mudou a minha vida”, por Tiago Dobgenski

Consequentemente, continuei com os estudos e grind até que em outubro desse ano eu alcancei a meta que havia estipulado no comeco de 2020 quando tudo estava bem turbulento, que era fazer parte do time principal do Samba Poker Team. De lá pra cá, são novos desafios diários, ter contato com nomes de referência do poker nacional que há dois anos eu só via em notícias, e poder ter contato direto e aprender com eles me motivou e continua me motivando dia após dia, para continuar e sempre ser amanhã melhor do que fui ontem.

Confira as pílulas do Pokercast: