Pedro de Thuin começou a grande decisão do Main Event do BSOP São Paulo com o segundo menor stack. Entretanto, com uma impressionante recuperação, o jogador de Brasília superou uma duríssima mesa final e conquistou o título do torneio.
Por ter desbancando o gigantesco field de 1.214 competidores, Pedro embolsa a bagatela de R$ 456.155, após um acordo no heads-up. Foi a primeira decisão do jogador no maior circuito de poker da América Latina. “É muito especial, não tenho palavras para descrever. Mentalizei, pensei muito isso e runnei, a verdade é essa”, festejou o campeão.
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Funcionário público, o jogador optou por levar o poker mais a sério recentemente. Questionado se o resultado o faz pensar em dedicar exclusivamente, o campeão ponderou. “Eu não pretendo sair, faço home office e consigo conciliar os dois”, e seguiu falando da relação do jogo na família. “Meus pais sempre foram muito contra, sempre quis levar a sério, mas fui reprimido em casa, por não ter essa noção, mas depois que consegui minha independência financeira, comecei a correr atrás do sonho”.
Para chegar ao título, Pedro precisou de uma grande recuperação na decisão, já que chegou com a segunda menor pilha. “O primeiro objetivo era curtir o momento”, comentou o campeão, que seguiu falando sobre a estratégia. “Eu sabia que havia dois jogadores muito agressivos na decisão, na minha direita inclusive”.
O começo não podia ser melhor. Logo na segunda mão da decisão, encontrou um cooler favorável com KK contra QQ e, na sequência, um gigantesco coin flip com 88 contra AK o colocou na liderança em fichas, acertando uma quadra. “O Paulo é um jogador muito agressivo, eu achei que ele estava light na mão, acabei me surpreendendo com o showdown, mas deu certo”, relembrou a importante mão.
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Apesar de grandes potes puxados e mão importantes vencidas, Pedro se manteve muito contido, o jogador explicou os motivos de se controlar. “Eu aprendi a ser assim, eu era mais efusivo. Agora, vi que é isso, manter a calma e saber que é só o começo”.
Mesmo com tantos all ins envolvidos, o primeiro eliminado da mesa final só foi conhecido com cerca de três horas de jogo. A primeira queda não mudou o ritmo do jogo e a decisão só teve um aumento na temperatura quando a disputa possuía cinco jogadores.
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Apesar dos grandes embates, o jogo voltou a ficar equilibrado no 5-handed, mas novamente em um pote contra Paulo o colocou como principal favorito ao título. Tendo imponente vantagem, o jogador administrou a pilha e chegou ao heads-up com ligeira vantagem para Bruno Nunes.
Mesmo dividindo a premiação, ainda restavam mais de R$ 80 mil destinado ao campeão. Entretanto, os grandes valores envolvidos não impediu que o torneio fosse decidido na primeira mão do duelo final. Segurando A8, Bruno colocou todas as fichas no centro da mesa e foi pago pelo chip leader com KQ. O board T99KT deu dois pares maiores para o chip leader que confirmou a vitória.
Após o título, o campeão revelou que havia uma torcida em Brasília acompanhando a transmissão do SuperPoker. “Os familiares se juntaram na minha casa. Eu recebi muita mensagem do pessoal, me dando apoio, criaram grupos, tinha muita gente me apoiando, foi muito bom” e encerrou. “Essa vitória vai para minha filha”.
Confira a classificação da mesa final:
1º – Pedro de Thuin – R$ 456.115*
2º – Bruno Nunes – R$ 373.185*
3º – Paulo Pinto – R$ 216.220
4º – Sebastian Hoyos – R$ 162.020
5º – Tatiele Cardozo – R$ 124.200
6º – João Rodriguez – R$ 91.790
7º – Diogo Costa – R$ 69.960
8º – Silvio Feiber – R$ 49.860
9º – Alex Bez – R$ 38.700
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