Esta é uma daquelas histórias que dá gosto de contar. O último dia do BSOP Brasília contou com um momento muito especial. João Paulo Trindade mora em Brasília e é portador de ELA (Esclerosa Lateral Amiotrófica), doença que ganhou notoriedade com o físico Stephen Hawking, também portador. João Paulo também um grande fã de poker. Podendo mexer apenas os olhos, ele joga poker online com a ajuda de um software especial. Já contamos um pouco da história dele há dois anos. 

Nesta terça-feira, ele realizou um grande sonho: participar de uma etapa do BSOP. Além de jogar o Last Chance Deepstack Turbo, contando com a ajuda da esposa, Yara, que segurava uma placa para João definir as ações apontando com os olhos, ele conheceu vários de seus ídolos no poker e sentiu todo o carinho da comunidade. Yara falou sobre a alegria do momento. “É uma grande honra. Para a gente da família, ele já é um grande campeão, só de a gente estar aqui, ele jogando presencial e conhecendo tantas pessoas que ele faz curso online e acompanha, foi muito emocionante, é sempre muito bom.”

João Paulo Trindade – BSOP Brasília

Profissão para uns, entretenimento para outros, o poker é, para João Paulo, o hobby que o mantém ativo e o coloca em situação de igualdade contra seus oponentes. A narrativa de que o poker é um esporte de inclusão, onde todos são iguais, ganhou um argumento fortíssimo hoje. Enquanto está nas mesas, João Paulo é apenas mais um jogador, mais uma pessoa praticando um hobby e curtindo a diversão do esporte da mente.

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“O poker a gente defende como um grande esporte de inclusão, porque o João Paulo acamado, só mexe os olhos, joga com o mundo inteiro e ninguém sabe disso”, contou Yara. “Eu perguntei ‘você conta para as pessoas que só mexe com os olhos?’ No começo, ele falava ‘teclando com os olhos’ no chat, hoje ele nem fala mais porque ninguém acredita (risos). É um grande esporte de inclusão, ele lida de igual para igual com todo mundo que está jogando, é perfeito e mantém ele muito ativo.”

Devanir Campos, Lara Campos, Ramon Sfalsin, Yara e João Paulo – BSOP Brasília

A participação de João Paulo no BSOP não seria possível sem o esforço da organização, que cuidou para que a estrutura permitisse a colocação da cama especial de João ao lado da mesa. “Só temos a agradecer, desde o primeiro contato fomos muito bem recebidos”, contou Yara. “Todas as portas foram… não vou nem falar abertas, foram escancaradas. Fomos surpreendidos com uma estrutura muito maior do que imaginávamos, do que estávamos preparados, então estamos muito agradecidos, não temos nem o que falar.”

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