Por Giuliano Freitas
Quando paramos pra pensar em como o poker evoluiu nos últimos 10 – 15 anos, é surpreendente. Lembro que quando eu comecei a jogar lá em 2009, aprendi as regras e percebia que a maioria dos jogadores regulares que eu conhecia se pautavam muito na matemática do jogo e um entendimento básico sobre a influência das pot odds na hora de pagar com um draw e também na hora de apostar blefando fazia muita diferença.
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Passou pouco tempo e fui ficando mais curioso para estudar o jogo. Eu e muita gente nessa época. Era evidente que as pessoas que se aprofundavam tinham uma vantagem enorme sobre o field e aos poucos fui descobrindo livros que falavam sobre estratégias além da matemática e também alguns softwares que ajudavam a rever mãos, ver estatísticas e também calcular equidades. Tudo isso junto com uma calculadora e algumas horas quebrando a cabeça dava uma disparada na evolução técnica das pessoas e do jogo em si.
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Porém esses estudos geravam dúvidas. Era possível tirar conclusões com essas ferramentas, mas será que elas estavam corretas? Será que a estratégia “descoberta” ou cálculo realizado estava no caminho certo? Foi rápido para as pessoas com a mesma pegada de estudos e curiosidade se movimentar em fóruns para discutir estratégias, discutir se a linha de jogada daquela mão era a melhor ou não e também trocar muita experiência. Lembro também que nessa época tinha muito conteúdo mais avançado em inglês e em português estava caminhando aos poucos, mas isso não impediu do jogo dar mais um grande passo na evolução técnica.
Consequentemente, essas discussões foram ficando mais complexas e a necessidade de softwares mais avançados, que desse resultados diferentes e/ou resultados mais rápidos foram surgindo. Paralelo a isso foi feito um trabalho de engajamento muito bem feito no Brasil e também mundo afora. Mais e mais pessoas começando a jogar poker, querendo conhecer o jogo, pessoas querendo se profissionalizar como jogadores e também em outras áreas que foram se abrindo.
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Hoje dá pra se dizer que o poker mudou. Ele continua sendo democrático, competitivo e cativante. Tenho a impressão que cada vez mais as pessoas gostam de sentar mais preparados pra jogar, acabam conversando sobre mãos no clube, sobre uma jogada esquisita que viu alguém fazer, vendo vídeos e artigos antes de ir jogar. E por mais que seja algo mais sério pra uns e algo mais divertido pra outros, é muito gostoso sentar na mesa e passar aquele blefe, sabendo que era bom blefar naquele cenário, e junto com aquela chamada do “Rei no River”.
Depois de toda essa trajetória, é fácil achar conteúdos para evoluir no poker, mas não se esqueça que a melhor parte é se divertir com esse jogo incrível. Nos próximo artigos falarei sobre o melhor caminho para essa evolução.