Na última terça-feira (2), a WSOP anunciou o nome dos 10 finalistas para a entrada no Hall da Fama do Poker em 2024. A divulgação dos escolhidos sempre costuma ser rodeada de debates, seja sobre as regras atuais de indicação ou por algum dos nomes na lista. Desta vez, a maior polêmica foi a presença de Bill Smith.
“Quem é Bill Smith? E quem nomeou ele ao invés de Schulman ou Ausmus”, questionou Matt Berkey. Kevin Mathers, que comanda o perfil da WSOP no X, também fez uma observação. “Na minha opinião, não deve haver tantas pessoas realmente enviando nomeações se o Bill Smith consegue de alguma forma chegar no top 10 de nomeados no Hall da Fama do Poker em múltiplos anos”.
Com a forte competição existente entre os já elegíveis, apenas um indicado por ano e cada vez mais jogadores podendo ser escolhidos a cada edição (é necessário ter mais de 40 anos de idade), é improvável que Bill Smith seja escolhido. Mas, afinal, quem foi esse jogador e por que ele aparece na cobiçada lista?
Em meio a um debate sobre os finalistas no X, Daniel Negreanu opinou sobre Smith, escrevendo: “Bill Smith, um campeão mundial descrito como:
- o pior e mais tight jogador quando sóbrio
- o pior e mais loose jogador quando muito bêbado
- imbatível quando apenas um pouco bêbado”.
O gosto pela bebida não era um segredo do jogador nascido em Dallas, no Texas, que certa vez teria afirmado sobre si mesmo: “Não há muito o que falar, eu só bebo e jogo poker”. Os resultados de Smith na WSOP na década de 80 são relevantes e ajudam a desvendar a razão por trás de sua presença no top 10.
São três premiações do jogador na série, todas elas no Main Event da WSOP. Em 1981, Smith terminou em quinto, levando US$ 37.500 pelo resultado em um field de 75 entradas que teve Stu Ungar como campeão. Em 1985, veio o maior destaque, quando o norte-americano superou um field de 140 entradas para vencer o torneio, superando TJ Cloutier no heads-up e embolsando US$ 700 mil.
No ano seguinte, ele voltou à mesa final do torneio, que recebeu 141 inscrições. Smith novamente terminou em quinto, faturando mais US$ 51.300, enquanto Berry Johnston ficou com o título. Vice no único título de Smith, Cloutier escreveu sobre o adversário em seu livro “Championship No-Limit & Pot-Limit Hold’em”, que teve Tom McEvoy como co-autor.
“Bill tinha um timing incrível com suas mãos quando era mais jovem e não estava bêbado, ele era de outro mundo”, escreveu o jogador. “Ele sabia quando deveria foldar com uma trinca ou quando pagar com um par pequeno com duas ou três cartas mais altas no board. Ele era um jogador fabuloso, mas se tornou um alcoólatra”. Em 1996, aos 61 anos, Bill Smith faleceu no estado de Nevada.
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