Rodrigo Garrido é um jogador com larga experiência no circuito de poker, e a jornada do craque começou cedo, influenciado dentro de casa. “Foi com meu pai, quando tinha 13 anos”, relembrou, ressaltando que o jogo era apenas por diversão, sem dinheiro envolvido. “Ele jogava com uma turma de amigos o poker fechado. Faz trinta anos. Ele deixava meu irmão e eu jogar junto dele com os amigos, enquanto os outros chegavam para disputar um cash game. Quando esse jogo começava, íamos dormir e eles ficavam a madrugada jogando”.
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Apesar de o poker ter se tornado o esporte da mente preferido, a competição sempre esteve no sangue do craque. “Eu já jogava xadrez”, explicou Garrido. “Disputava torneios, Jogos Abertos e Jogos Regionais. Eu já vinha dos jogos de estratégia, quando me ensinaram o jogo, ficava com a colinha das combinações [de mãos], era muito legal mesmo”.
O jogador da Baixada Santista também recorda do primeiro contato com a modalidade mais popular e com os feltros virtuais. “O Hold’em eu conheci online, no Everest Poker, nas mesas SHASTA”, contou. “Era Sit & Go Freeroll em que os três primeiros levavam centavos de dólar. Joguei muito esse formato”.
Logo depois, veio o primeiro contato com o live. “Eu jogava em Santos, descobri que tinha um jogo na casa do Stetson [Fraiha], em 2004. Era de R$ 5, o primeiro que fui jogar, eu ganhei e pegou o malandro”. A partir daí, se aventurando cada vez mais nas mesas de Santos, Garrido não demorou para participar também de eventos em outras cidades. “Pouco depois, em 2005, fui para o meu primeiro torneio grande, que foi o CPH no All in Tatuapé. Também fiz mesa final e fui embora, não parei mais”.
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A primeira experiência internacional também ultrapassa uma década. “Em 2008, eu fui pra Las Vegas pela primeira vez jogar a WSOP, não fui jogar toda a reta, mas vários torneios, inclusive o Main Event. Foi o ano que o [Alexandre] Gomes ganhou o primeiro bracelete do Brasil e eu estava lá assistindo”.
Um dos pioneiros dos Mixed Games no Brasil, Rodrigo Garrido também falou como foi esse contato com outros jogos. “Fui doze anos seguidos [para Las Vegas] de 2008 a 2019, mas no primeiro ano estava deslumbrado e olhava alguns torneios com 30 pessoas e perguntava se valia bracelete e descobri que sim. Só que o torneio tinha buy-in de US$ 10.000, no outro de US$ 1.500 dava 200 e 300 jogadores. Aí pensei comigo, ‘Ano que vem vou jogar esses torneios'”.
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Buscando o objetivo, o profissional logo encontrou o que precisava para se aventurar nas modalidades menos conhecidas. “O que eu fiz pra aprender esses jogos foi ir em uma loja famosa de lá que é a Gamblers General Store, que vende livros e fichas”, explicou o craque. “Comprei todos os livros de Mixed e comecei a estudar. Como eu já gostava de poker fechado, tive essa facilidade e, em 2009, eu já joguei o meu primeiro torneio de Razz de US$ 1.500. Lembro até que cai perto do ITM. Então, aqui no Brasil, a gente começou a incentivar a ter no BSOP e em 2015 teve o primeiro. Lembro que antes era em algumas etapas o 8-Game e agora explodiu do jeito que tá”.
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