Nenhum jogador brasileiro topou pagar o buy-in de US$ 1 milhão para jogar o Big One for One Drop, mas a camisa canarinho está representada no torneio pelo alemão Steffen Sontheimer. Após perder um last longer contra Felipe Mojave pelo desempenho de Brasil e Alemanha na Copa do Mundo, “Goose”, como é conhecido, teve que usar a camisa amarela no torneio.

Enquanto, para muitos, os nomes de peso fazem do torneio um dos fields mais complicados do mundo, para Sontheimer a situação não está tão díficil. O alemão afirmou já ter jogado em fields melhores, apesar de destacar os altos valores envolvidos e a alegria de dividir a mesa com nomes como Phil Ivey e seu amigo Fedor Holz.

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Em entrevista ao SuperPoker em um dos breaks do torneio, Sontheimer falou sobre a disputa, a aposta feita com Mojave, a polêmica sobre troca de porcentagens em torneios caros e muito mais. Confira.

Steffen Sontheimer – WSOP 2018

Como é disputar um torneio de US$ 1 milhão de buy-in?
É um sentimento emocionante, eu tento agir profissionalmente e tratar como qualquer outro torneio, mas chegar aqui e ver esses rostos, sentar com Fedor Holz e Phil Ivey, é especial.

Esse é um dos fields mais difíceis que você já enfrentou?
Não, realmente não. O torneio atrai amadores também, empresários ricos, então eu acho que tenho um edge sobre o field, já joguei em fields mais difíceis, mas nunca por tanto dinheiro, então é maluco.

Quão importante é Fedor Holz para sua carreira?
Acho que 9 de 10 (risos). As coisas teriam sido diferentes se eu não tivesse o conhecido, acho que para nós dois, então ele teve uma grande influência em mim.

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Recentemente, as trocas de porcentagens entre jogadores de torneios caros virou polêmica. O que você pensa sobre o asssunto?
Eu acho que é algo necessário a se fazer nesse nível de buy-in. Para mim, é importante para manter a integridade do jogo que você tenha sempre quatro vezes a porcentagem de si mesmo comparado ao quanto trocou com alguém, é a minha regra. Você nunca deveria ter 10% de si mesmo e 10% de alguém, por exemplo, isso não seria bom.

Steffen Sontheimer – WSOP 2018

Você está usando a camisa do Brasil por causa da aposta com Felipe Mojave, certo?
Nós fizemos uma aposta divertida, acho que em novembro do ano, estávamos falando sobre as expectativas dos nossos países para a Copa do Mundo. Na verdade, não estávamos muito convencidos com os times, mas decidimos fazer uma aposta amigável de qualquer maneira, e parte da aposta é usar a camiseta do time do outro. Fizemos um last longer e o Brasil também não foi muito bem, mas foi melhor que a Alemanha, então eu tenho que usar essa camisa hoje (risos).

Será que a camisa brasileira vai ter dar sorte?
Eu espero (risos). Vamos ver, eu recebi algumas mensagens no Twitter falando que minhas chances melhoraram agora, então veremos. Se eu ganhar esse, seguirei usando a camiseta nos próximos (risos).

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