O Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) decidiu apreender os bens e saldos bancários de quatro diretores do Full Tilt Poker envolvidos no escândalo de uso indevido do dinheiro dos clientes do site. Estão entre eles os profissionais Chris Ferguson, Howard Lederer, Rafe Furst e o ex-presidente da empresa Ray Bitar.
Segundo o site Subject:Poker, os quatro diretores do site – que tiveram seus nomes incluídos no processo civil movido pelo DoJ na última terça-feira – tiveram suas contas bancárias bloqueadas.
Eles são acusados de usar o dinheiro dos jogadores do site para pagar os diretores da empresa, no que o DoJ chamou de “esquema Ponzi global” – em referência à operação fraudulenta de investimento do tipo “pirâmide”, que envolve o pagamento de rendimentos anormalmente altos aos investidores, às custas do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente, em vez da receita gerada por qualquer negócio real.
As contas que teria sido bloqueadas estavam, na maioria dos casos, em bancos europeus. Ray Bitar teve apreendida uma conta em seu nome no NatWest (Reino Unido); a HH Lederer Consulting LLC, no Wells Fargo (EUA); o próprio Howard Lederer, no Lloyds TSB (Reino Unido); Chris Ferguson no Citibank (EUA) e Rafe Furst no Pictet & Co. Bankers in Switzerland (Suíça).
Dos quatro, apenas Bitar estava teve seu noome incluído quando o processo do DoJ foi aberto, no evento que ficou conhecido como Black Friday. No entanto, na última terça-feira, o DoJ decidiu adicionar os outros três nomes ao processo.
Além de punições para cada membro diretor do FUll Tilt, o DoJ exige a devolução de quantias que, supostamente, teriam sido desviadas dos clientes para as contas citadas, entre abril de 2007 e o mesmo mês de 2011. O DoJa afirma que esses valores são conhecidos: US$ 41 milhões no caso de Ray Bitar, pelo menos US$ 42 milhões no caso de Howard Lederes, US$ 11,7 milhões no caso de Rafe Furst e US$ 25 milhões de Chris Ferguson.