Milhares de mãos estranhas já foram jogadas em mesas de poker nas últimas décadas. No entanto, quando uma lenda como Doyle Brunson, que está nesse meio há décadas, define um pote como “o mais bizarro que já vi no poker”, é preciso parar o que se está fazendo para conferir.
A mão aconteceu no histórico programa High Stakes Poker, entre Jamie Gold, campeão do Main Event da WSOP 2006, e Sam Farha, vice-campeão do Main Event da WSOP 2003. A ação é realmente das mais estranhas.
Com KK, Gold dá limp e depois paga o raise de Farha, que segura AA. Antes do flop bater, Gold anuncia check no escuro. Farha, então, anuncia uma bet de US$ 10 mil no escuro. Não satisfeito, Gold anuncia um reaumento para US$ 30 mil e recebe o reraise de Farha para US$ 90 mil.
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Importante notar que toda essa ação, marcada por um grande falatório entre os participantes, correspondia ao flop, mas foi feita no escuro, ou seja, antes de as cartas serem viradas no board! Gold decidiu que a ação estava suficiente e deu apenas o call.
Assim, o dealer já bateu o flop e o turn, já que a ação do flop já havia sido concluída, mas no escuro. O dealer vira T694 e o falatório recomeça. Nesse momento, Gold parece perceber que está enfrentando AA e sugere: “vamos dar check até o fim?”
Farha parece não gostar da ideia, pois depois do check de Gold, aposta US$ 100 mil e recebe o call, gerando um pote de quase US$ 400 mil. O river traz outro T e, nesse momento, Gold parece conseguir economizar um bom dinheiro apenas por falar. Enquanto Farha conta suas fichas, preparando um all in, Gold não para de incomodar o adversário, falando que vai pagar qualquer aposta, que jamais foldará sua mão, entre outras coisas.
Talvez cansado de ouvir o oponente, Farha anuncia: “eu estou ganhando de você, mas dou check porque eu gosto de você”. As mãos são então viradas e chega ao fim uma das mãos mais estranhas da história do poker. Assista.