O BSOP Winter Millions teve nesta quarta-feira (24) a definição do Torneio dos Empresários, com vitória de Caio Hey. Um momento de destaque do evento aconteceu na bolha, que durou mais de uma hora e meia e ainda contou com um acordo entre Lucas Rocha e Hermogenes Gelonezi, que terminou na infeliz posição de último premiado fora do ITM. Jogador do Samba Team, Rocha revelou que essa foi a bolha mais insana de sua vida.

“Nunca [joguei parecido], acho que nem de perto”, comentou o profissional. “Já tinha jogado algumas bolhas ao vivo um pouco sofridas, geralmente ficamos ali em cinco ou seis blinds e é sofrido, mas com mais gente jogando. Essa por ter poucas pessoas e eu estar tão curto tive que refletir em algumas situações que nunca tinha passado. Por exemplo, se tinha que ir com ‘any two’ do big blind, ou foldar big e small para ganhar uma órbita. Foi uma loucura, não tinha passado nem de perto.”

Em certo momento, com três big blinds no stack, Rocha pagou o big blind e o big blind ante, sobrando com apenas 1 bb para trás. Ainda assim, o jogador optou por foldar. Na mão seguinte, também foldou seu small blind, sobrando com apenas meio big blind para trás. Gelonezi estava em situação bem similar, também em all in automático em seu próximo big blind, o que originou a ideia do acordo.

“Nos torneios live a estrutura é de big ante, no online não tem, então é algo ao qual não estamos acostumados”, explicou Rocha. “Comecei a fazer algumas contas de estratégia, pensando em quantas mãos eu seria o big e se alguém short seria big antes de mim. Um dos motivos que foldei é o que Gelonezi seria big antes, era minha maior esperança. Eu estava disposto a foldar até AA naquela situação, ainda bem que não veio para eu não sofrer (risos).”

No fim das contas, Gelonezi bolhou, e Rocha ficou com R$ 42 mil pela primeira faixa de premiação, mas dividiu com o oponente, com cada um levando R$ 21 mil e quase empatando no torneio, que teve buy-in de R$ 25 mil. “Com certeza valeu a pena”, avaliou o profissional. “É algo que não tinha passado pela minha cabeça, porque eu era o mais short do torneio, então não valia a pena propor para alguém. Mas quando ele folda e fica em all in automático junto comigo, eu propus nessa mão. Foi uma ideia que veio na hora e foi bom, foi quase o buy-in salvo, então na perspectiva que eu estava, de ou premiar zero ou R$ 40 mil, o meio do caminho ficou bem bom, saí satisfeito.”

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