Thiago Crema tem mais de 15 anos de carreira no poker, estabelecendo nesse período como um dos grandes nomes do esporte da mente nacional. Em 2021, o craque do 4bet Team escreveu um capítulo importante ao conquistar seu primeiro bracelete e, há 10 dias, Crema voltou a atingir um feito inédito em sua trajetória. Sob o nick “KKremate”, o profissional foi campeão do Sunday Million no PokerStars.

É claro que o prêmio de US$ 101.731 foi uma ótima adição ao bankroll, mas a conquista de um evento tão marcante para o cenário trouxe um gosto ainda mais especial. “Hoje em dia, são poucos os torneios que existem há muito tempo no online, e o Sunday Million acho que é o mais tradicional de todos”, disse Crema ao SuperPoker durante o BSOP Winter Millions. “Jogo ele praticamente há uns 15 anos, fiz uma FT lá no começo da carreira, fiz outra também há uns quatro ou cinco anos, e agora finalmente o título.”

O craque explicou que não consegue encaixar o torneio em sua grade todos os domingos, tanto pelo buy-in, abaixo de seu ABI, quanto pela duração de dois dias. No entanto, ao ser eliminado do Main Event da WSOP, Crema adiantou o retorno de Las Vegas e aproveitou que a edição especial da semana trazia buy-in de US$ 215 para participar. Mal sabia ele que, dois dias depois, estaria no lugar mais alto do principal torneio semanal do PokerStars.

“É um pouco abaixo do ABI, mas ao mesmo tempo quando é US$ 215 acho que quase todo regular acaba jogando, até quem joga o super high stakes”, explicou o brasileiro. “Foi uma dinâmica diferente, porque na reta final o pessoal estava bem destemido, botando muita ficha, jogadores bem agressivos, então tive que ajustar um pouco. Normalmente, a gente imagina que em uma reta final como essa você consiga exercer muita pressão, mas foi talvez até ao contrário. Acabei sendo um pouco mais cauteloso em algumas situações, porque o pessoal estava apertando bastante.”

Thiago Crema teve a companhia de cinco brasileiros na mesa final

Thiago Crema teve a companhia de cinco brasileiros na mesa final

Na mesa final, o campeão teve que lidar com uma difícil configuração de stacks, mas conseguiu dar seu melhor. “Ficou uma situação com quase todo mundo short stack na FT, teve várias situações complicadas de ICM”, comentou. “Fiz um review depois, rodei 30 mãos do torneio e acho que acabei acertando na grande maioria. Acabei ficando bem feliz, não só pelo resultado, mas também com a maneira que eu joguei a reta final.”

A edição que terminou com a vitória de Crema teve domínio completo brasileiro. Além do campeão e de Ramiro Maduro no segundo lugar, mais quatro representantes verde e amarelos ficaram entre os nove finalistas. “Acho que por diversos fatores o Brasil é a maior potência do poker online hoje”, opinou o craque. “Temos jogadores muito bons, que jogam há muito tempo, jogadores mais novos muito bons também. É muito legal ver isso, no começo quando jogávamos não acontecia. Querendo ou não, ou sendo referência, ou com meus alunos, faço parte disso. Legal ver o cenário crescendo ao longo dos anos e feliz de estar competindo bem ainda nesse meio.”

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