No final do ano passado, Madson Moura, o “Urea”, emocionou os amantes do esporte da mente com sua história de superação, ao alcançar o título do maior evento de poker da América Latina, o BSOP Millions. Um mês depois, o jogador voltou para a primeira etapa do circuito, mas com um reconhecimento bem diferente.
O jeito extrovertido não mudou, a fala alta e as brincadeiras seguem como antes, mas o respeito nas mesas mudou. Hoje, ele não é mais conhecido pelo tradicional bordão “deve ta rim”, mas sim por levar o prêmio milionário em um dos maiores fields da história do país.
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Madson ainda pode fazer uma história ainda mais impressionante: ser o primeiro jogador a vencer de forma consecutiva o Main Event. Boa parte do caminho ele já percorreu, e está entre os 20 finalistas do BSOP Brasília.
Em entrevista ao SuperPoker, Urea falou dessa importante sequência de resultados, de como foi retornar ao salão do BSOP e sobre as mudanças na vida após a vitória no Millions. Confira:
Qual foi o sentimento de retornar para o salão do BSOP depois do título no Millions?
O sentimento é o mesmo como se fosse a primeira vez, algo difícil de explicar, mas é enorme. Eu sei que esse evento é o sonho de muita gente, principalmente do Nordeste. Agora, poder acompanhar todas as etapas, é algo incrível, vou fazer de tudo para dar o meu melhor e representar o meu povo.
Como foi o tratamento dos jogadores nesse retorno ao salão do BSOP depois do título do Millions?
Mudou bastante. A galera está respeitando mais o meu jogo, agora eles sabem quem é o “Urea”. Muita gente elogiando o meu estilo e eu só tenho que agradecer. Mas tem muita coisa boa por vir, se Deus quiser, vamos fazer um grande Dia 3, chegar na mesa final e quem sabe o bicampeonato.
Como o resultado do BSOP Millions mudou a sua vida?
A minha pessoa nunca vai mudar, mas a forma de viver ajudou bastante, veio na hora certa. Não digo só pra mim, mas também para o meu filho, minha esposa e minha família, vou dar o melhor para eles, para que nunca falte nada.
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Segundo Main Event consecutivo alcançando uma reta final. Como está a sua cabeça?
Estou jogando meu jogo, bem tranquilo, da mesma forma que joguei no Millions. Estou muito focado em busca do bicampeonato, mas ainda tem muitos jogadores bons na reta, não vai ser fácil, terei que usar muita estratégia para jogar contra esses adversários. Vou fazer de tudo para dar o meu melhor.
Como está sendo a trajetória no torneio?
Está sendo bem tranquila, estou jogando o jogo, não estou me escondendo, mas o baralho também me quis. Às vezes jogar bem não basta, o baralho tem que querer e está dando certo. Usei as minhas estratégias, não foi fácil, teve um all in triplo contra o Rodrigo Garrido que eu fiquei gigante.
Alcançando mais uma reta final, começa a passar um filme na cabeça de um possível bicampeonato?
Com certeza passa na cabeça, mas na verdade parece que é uma sequência. Passar para o Dia 3 de forma consecutiva, é um grande resultado, foram 758 entradas e só tem 32. Então “deve ta rim”, mais uma reta final do BSOP é incrível e bora tentar buscar o bicampeonato.
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