Eduardo Pires e Yuri Martins se envolveram em um potão que deu o que falar no Evento #2-Medium (US$ 1.050 NL Hold’em 8-Max Sunday Slam Progressive KO). A mão gerou polêmica nas redes sociais do SuperPoker, por isso Eduardo foi convidado para explicar seu raciocínio na jogada.

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Neste episódio do “Tá na Mão Online”, o “edudrake1987” no PokerStars fez uma autocrítica, admitindo que errou ao dar call no river. O recreativo, que tem um currículo de respeito, também explicou a decisão pelo call pré-flop e por não aumentar turn e river.

Assista à mão e confira a explicaçao de Eduardo Pires neste “Tá na Mão Online”

Confira a explicação de Eduardo Pires:

“A mão começa na decisão que tenho com o AJo de jogar de 3bet ou de call. Prefiro jogar de call, porque eu acho que meu range é muito mais forte que o do Yuri. Ele tinha acabado de ganhar uma mão, então vai abrir bastante mesmo, é um jogador com muito edge sobre a mesa. Então prefiro esconder um pouco o valor da minha mão no big blind e jogar de call. Como sei que ele joga muito o range, se o flop fosse favorável eu conseguiria extrair boas fichas dele.

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Acabei hitando o A no flop AK6, com duas de copas, bem tranquilo para mim. Eu dou check e ele já vem com um bet muito forte no flop. Opto pelo call, claro, porque sei que ele está jogando ranges e o range dele é o flop. Sabendo disso, vou jogar escondendo minha mão. No turn vem uma Q, sem copas, e ele beta praticamente 90% do pote. Apesar de eu ser recreativo, conheço eles, sei que continuam betando o range e ali está claro para mim que ele nunca tem JT. Eu bloqueio JT, mas com essa mão ele nunca aposta 90% do pote.

Eu sei que ele está jogando o range dele, mas tem algo, uma broca, pode ter um QJ, um T9, T8, QT. Normalmente, quando é aquele bet muito gigante no turn, ele não acerta nada mesmo, continua jogando o range, mas tem alguma equidade na mão dele. Então quando ele beta essa ‘pamonha’, eu sei que estou ganhando a mão, mas não resolvi shovar porque queria que ele continuasse o blefe dele. Opto pelo call, torcendo para que bata uma blank.

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No river é onde eu erro, por isso que eu penso bastante. Eu procuro motivos para dar o call, sei que minha mão está ganhando easy, até pelos bets dele, gigantescos. Mas eu pensei isso no turn, eu sei que ele tem certa equidade, e é uma dessas cartas, o J ou o T. Por que eu acabo dando o call? Eu procuro o call e erro ali. Estou bloqueando o J, mas eu sei que ele tem essa equidade do T. Eu procurei o call no river, mas sei que esse river é fold, tranquilamente. Eu conheço eles, sei que está betando o range, naquele turn nunca ele tem JT, nunca tem AK, AQ, trincas, porque apostou 90% do pote como um “maníaco” (risos). Ele é muito bom jogador, claro. Até o turn ali estou jogando, a meu ver, bem a mão, porque sei que ele está jogando o range. Mas o river tinha que largar facilmente, então pequei nesse river.”

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