Com quase US$ 7 milhões em premiações ao vivo em 2018, Stephen Chidwick é o terceiro na lista de mais premiados do ano, segundo o HendonMob, atrás apenas de Justin Bonomo e Jason Koon. Na WSOP 2018, o britânico já conseguiu um bom resultado, levando US$ 484.551 pela sexta colocação no Evento #5 (US$ 100.000 NLH High Roller).

Com o prêmio, Chidwick ultrapassou a marca de US$ 17 milhões em resultados live, aparecendo na 24ª colocação na lista de mais premiados de todos os tempos. Sob o nick “Steve444”, ele também já fez bonito online, somando mais de US$ 5 milhões em prêmios, segundo o PocketFives.

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Um dos principais nomes do poker mundial no momento, o britânico concedeu entrevista ao SuperPoker minutos após sua queda no Evento #5. Entre os assuntos, estão sua grande fase, o aumento de High Rollers no calendário mundial, sua temida encarada e ainda uma sugestão interessante para os torneios com big blind ante.

Stephen Chidwick - partypoker Millions Grand Final Barcelona

Stephen Chidwick – partypoker Millions Grand Final Barcelona

Como você descreveria seu 2018 até aqui?
Tem sido bem inacreditável, basicamente o oposto de 2017. Eu tenho runnado muito bem, é legal poder fazer várias mesas finais.

Você mudou algo no seu jogo ou a fase é mesmo resultado da runnada?
Eu estou constantemente fazendo mudanças, tentando melhorar. Espero que eu esteja conseguindo melhorar a cada dia, mas no curto prazo, é claro que a sorte é um grande fator e eu tenho runnado muito bem neste ano.

Começar a WSOP 2018 com uma FT dá mais ânimo para o resto da série?
Sim, a minha motivação está alta e minha confiança também. Estou ansioso para buscar mais mesas finais e, tomara, ganhar um evento.

De que formas você busca melhorar seu jogo nos High Rollers?
Tantos desses High Rollers são transmitidos agora, então assistir à transmissão, observar o que os outros estão fazendo e tentar pegar algum live tell são uma grande parte do que faço para melhorar. E também garantir que o seu jogo esteja bem definido e fundamentalmente correto, para que os oponentes não possam te explorar.

Qual sua opinião sobre o big blind ante?
Eu gosto bastante, acelera o jogo, você joga mais mãos. Eu gostaria até que fosse um pouco maior. Em uma estrutura tradicional como 600/1.200, com antes de 200, e uma mesa com nove jogadores, o total dos antes dá 1.800, que é 1,5x o valor do big blind. Por isso, eu gostaria que o big blind ante seguisse essa proporção. Mas ainda assim é uma boa mudança e espero que se torne universal.

Quão importante é a confiança para um jogador de poker?
A confiança é algo enorme. Ela te dá uma vantagem a mais, porque você toma decisões de forma mais confortável e te ajuda a não dar tells. Se você não está confiante pode ficar mais nervoso quando blefa e coisas assim, então a confiança é bem importante.

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Você se considera melhor no online ou no live? Por quê?
Definitivamente, live. Eu estou um pouco enferrujado no online, quando eu jogo tenho dificuldade para abrir mais do que quatro mesas, porque me acostumei ao live, onde você tem mais tempo para pensar nas jogadas. Não jogo online há um tempo, então sou melhor no live.

A cada dia, vemos mais High Rollers e buy-ins mais caros. O que isso significa para o mercado do poker?
Os buy-ins estão chegando num nível maluco (risos). Eu não tenho certeza, é bom para mim, porque consigo jogar vários grandes torneios e é divertido, mas eu sinto que podemos estar saturando o mercado um pouco. Especialmente com torneios com buy-ins como US$ 300 mil, eu sinto que se todo circuito quiser fazer um desses, pode acabar sendo demais, mas nós veremos. No momento, estou feliz de poder jogar muitos torneios em limites altos.

Stephen Chidwick - partypoker Millions Grand Final Barcelona

Stephen Chidwick – partypoker Millions Grand Final Barcelona

Você também é conhecido pela encarada intimidadora. Quão importante é a postura do jogador na mesa?
Eu acredito que a encarada e a postura são formas de me manter focado na mesa. Eu percebi há um longo tempo que quando eu ficava menos interessado ou menos focado, minha postura piorava, eu olhava para o celular e coisas assim. Por isso, eu trabalhei em manter uma boa postura o tempo todo e sempre prestar atenção, olhar para os oponentes, tentar fazer uma leitura, isso é muito importante para mim.

Sobre a Copa do Mundo, qual o seu palpite? Crê que a Inglaterra tem chances?
Na verdade, eu não sei muito sobre futebol, mas pelo que ouvi, a Inglaterra não tem um time tão bom este ano (risos). Eu irei assistir a alguns jogos, mas honestamente, minhas previsões não seriam boas, porque eu não assisto muito futebol.

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