A agência de notícias Reuters informou nessa segunda-feira (26) que as restrições de viagens para estrangeiros serão mantidas por tempo indeterminado devido ao alto poder de contágio da Variante Delta da Covid-19. A notícia chega como uma bomba para jogadores brasileiros e europeus que esperavam um alívio nas restrições para disputarem a WSOP, que acontecerá de 30 de setembro a 23 de novembro no Rio All-Suite Hotel & Casino, em Las Vegas.

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Especulou-se aqui a possibilidade de alívio dos critérios de entrada no país norte-americano, que atualmente barra a maioria dos não-cidadãos que passaram por qualquer uma das 26 nações européias do Tratado Schengen, o Reino Unido, China, África do Sul, Brasil, entre outros outros países nos 14 dias anteriores à chegada nos EUA.

Somada à necessidade de passar duas semanas em país sem restrições sanitárias com os EUA, o país suspendeu as entrevistas rotineiras de vistos de não imigrantes no Brasil, como informado no site da embaixada. Com isso, o Brasil corre o risco de ter o menor contingente de jogadores brasileiros em muito tempo na série que é considerada o campeonato mundial de poker.

Mas como será essa WSOP?

Com a chegada das vacinas e as quedas de internação e mortes nos Estados Unidos, a série mundial de poker anunciou que faria uma WSOP com calendário caprichado para 2021. A princípio estão programados 88 eventos de braceletes, e membros da comunidade e da mídia mundial de poker especularam a possibilidade de termos o maior Main Event de todos os tempos.

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Devido à demanda reprimida durante o período de isolamento e também à aproximação de muitos quarentenados ao poker houve uma explosão nos números dos primeiros eventos ao vivo que aconteceram no país. Em abril deste ano, o WPT teve recorde de inscritos num torneio da série, com 2.482 entradas de US$ 3500 para o Main Event do WPT Seminole Hard Rock.

Fato é que o estado de Nevada, que tem 44% de sua população totalmente vacinada, tem visto aumento nos casos como pode-se observar no gráfico abaixo, do The New York Times, e isso provavelmente se deve à chegada da variante delta por lá.

Casos de Covid-19 em Nevada voltaram a aumentar

A própria comunidade de poker vem manifestando preocupação com o que vai acontecer na WSOP, como apontou matéria recente do SuperPoker. Apesar de a organização ainda não ter se manifestado sobre possíveis alterações, especula-se sobre a diminuição do número de eventos, obrigatoriedade de máscaras e de prova de vacinação.

Segundo ainda a matéria da Reuters, a administração do governo Biden se recusou a dar uma previsão de quando poderia aliviar as medidas que estão em vigor e não informou se pretende remover restrições a países individuais. A agência ainda reportou recentemente que fontes informaram que o governo pensou sobre a possibilidade de exigir vacinas dos visitantes, mas apesar da discussão ainda estar ativa na Casa Branca, não se chegou a nenhuma conclusão.

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Se por um lado uma eventual troca da exigência de quarentena para viajantes brasileiros pela obrigatoriedade de vacina parece ser uma boa notícia, fato é que muitos brasileiros mais jovens correm o risco de não estarem vacinados com duas doses até a WSOP. Para os fãs de poker daqui, só resta a torcida para que possamos ter o maior número de jogadores para que possamos ter as melhores chances de trazer braceletes para o país. E claro, resta também a certeza que por maior que forem as dificuldades, o Grupo SuperPoker vai fazer a melhor cobertura da nossa Copa do Mundo.

No Pokercast SuperPoker #178 com Thiago Decano, que será publicado nesta quarta (28), os apresentadores discutem os impactos dessa notícia, vantagens e desvantagens de uma ou outra restrição e se vale a pena programar uma viagem em período de tanta incerteza.

Confira o último episódio do Pokercast: