No último domingo (16), o PokerStars realizou o primeiro satélite valendo o cobiçado Platinum Pass para a disputa do PokerStars Players Championship (PSPC), o maior torneio de US$ 25.000 da história do poker live. Logo no primeiro classificatório, o Brasil já marcou presença e o recreativo Fábio Freitas conquistou um dos dois pacotes distribuídos.

Na primeira edição do evento, Fábio também marcou presença e conseguiu sobreviver ao estouro da bolha, sendo o primeiro eliminado dentro do dinheiro. Com a performance, faturou US$ 25.450. “Acabei tomando um set over set no fim do Dia 2 e passei curto para o Dia 3, fiquei me arrastando até entrar na faixa de premiação”, recordou.

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Questionado sobre a qualidade do evento, o satelitado online não poupou elogios. “Foi o maior buy-in que já dei na vida, sendo uma parte por investidores e a outra minha. Foi um evento sonho, já joguei bastante torneio grande fora, mas esse tem um sentimento especial mesmo”, e continuou falando. “É um High Roller, com uma grande premiação, uma atração enorme, realmente foi muito especial. Se fosse para fazer um hall, seria a primeira experiência no Main Event da WSOP e depois o PSPC, são os mais importantes”.

Mesmo sendo um dos principais publicitários do Brasil, Fábio ainda consegue conciliar muito bem o poker com a profissão. “Eu ando estudando muito, fazendo muito coach, mas fazendo menos volume que eu gostaria. Estou escolhendo melhor o que jogar e quando, tenho optado bastante pelos domingos e também pelos novos aplicativos”, contou.

Fábio Freitas.

O recreativo destacou a satisfação com o seu jogo e também como o alto nível técnico dos tupiniquins contribui para a sua evolução. “Com certeza eu vou para Las Vegas, não posso nem dizer que será uma preparação, devido a importância do Main Event. Eu acho que estou em um ritmo bom de jogo e o nível dos jogadores brasileiros está muito alto, toda reta do PokerStars tem um grande volume, o que aconteceu em Punta Del Este, com a metade de jogadores sendo daqui. Esses jogadores nós enfrentamos constantemente nos High Rollers dos BSOP’s e a evolução do jogador brasileiro me evolui, porque fica cada vez mais difícil jogar, isso te exige mais, fazendo que o nível técnico tenha crescido bastante. Isso me faz ter o privilégio de treinar no live e jogar em alto nível”.

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A busca pelo Platinum Pass começou ainda no BSOP Millions, mas o jogador acabou perdendo o heads-up para Fabio Bonatto. Determinado a se garantir no evento, ele se registrou já no primeiro classificatório. Se conseguir a vaga pelo satélite já havia sido uma grande economia, Freitas conseguiu ir além e em apenas um buy-in, no feeder de US$ 109, se garantiu na fase final e, posteriormente, o cobiçado pacote.

A jornada começou tranquila, mas na reta final o jogador perdeu um all in pré-flop, que o fez lembrar do fantasma de bolhar o pacote. “Estava com esse gosto amargo de já ter bolhado um Platinum Pass, ter chegado tão perto e não ter conseguido. Quando restavam apenas quatro jogadores, eu me envolvi em all in call segurando AA contra JJ. Ele acerta a trinca e nós ficamos com o stack praticamente igual, já pensei, só falta eu bolhar de novo”. O revés não veio e o jogador se garantiu no PSPC.

Fabio Freitas.

Diferente do ano passado, que o PSPC aconteceu junto com o PCA (PokerStars Caribbean Adventure), nas Bahamas, a edição 2020 acontecerá em Barcelona, antecedendo o EPT. “Eu sou meio saudosista com o PCA, tenho uma história muito positiva lá, cai numa mesa semifinal do Main Event, mas acho que é uma boa mudança, pois está indo para Barcelona, é um lugar muito incrível. São coisas distintas, mas o lugar é tão paradisíaco quanto o primeiro, creio que será mais fácil acesso para os europeus, com muito mais recreativos, acho que o field pode até crescer, ser um evento ainda maior”.

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Fábio também falou da diferença de garantir um pacote ao invés de pagar o buy-in do torneio. “Estava nos planos ir, ia buscar investidor e me planejar, mas satelitar foi um sonho, ainda mais na primeira tentativa. Tira total a pressão do dinheiro, já está tudo garantido, passagem comprada e reserva feita”.

Na última edição, a melhor performance tupiniquim ficou com Pedro Padilha, eliminado na 10ª colocação na bolha da mesa final. O recreativo está com a expectativa que os brasileiros podem melhorar ainda mais essa marca. “Eu acho que os 20 melhores jogadores do país têm nível técnico para chegar em qualquer mesa final de qualquer torneio no mundo, estão jogando de igual pra igual. Se o volume de brasileiros for grande, tenho certeza que as chances serão maiores. O Brasil está em um nível muito bom, na minha visão”.

Fabio Freitas – BSOP Millions

“A expectativa é chegar lá e jogar com tranquilidade, tomar as melhores decisões. É um torneio longo, então, tem que ir passo-a-passo, dia-a-dia. Não posso tirar da cabeça a importância e projeção que esse torneio pode dar, tem que levar ele muito a sério, vou me preparar ainda mais. Vou chegar lá para fazer o meu melhor, com isso, a expectativa é a melhor possível”, concluiu Fábio.

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