A canadense Kristen Bicknell foi ao Twitter falar sobre a misoginia e o ambiente do poker relacionado às mulheres. A multicampeã expôs sua opinião em uma sequência de tweets nessa quinta-feira (25).
VEJA MAIS: Danilo Mota se emociona com elogio de Rafael Moraes após hero call no BSOP Online
No texto, a competidora não cita o caso entre Vanessa Kade e Dan Bilzerian, que trouxe o assunto fortemente à tona na comunidade do poker nos últimos dias, e ganhou um novo capítulo com o título de Kade no último Sunday Million de Aniversário. Ela discorreu sobre o tema expondo pensamentos e experiências vividas durante a carreira.
De acordo com o site HendonMob, Kristen Bicknell tem US$ 5.188.968 em premiações live na carreira, 15ª colocada entre todos os jogadores do Canadá. Ela também possui três braceletes da WSOP, e conquistou por três vezes consecutivas o título de Jogadora do Ano, entregue pelo Global Poker Index, em 2017, 2018 e 2019.
VEJA MAIS: Olívio Gontijo dá bad beat em Leocir Carneiro e teme demissão: “Amanhã no RH”
Confira, na íntegra, o que disse Kristen Bicknell. Você concorda com a opinião da canadense?
“Eu tenho discutido e pensado muito sobre o assunto da misoginia e mulheres do poker ultimamente. Todos nós sabemos como isso começou. Aqui está um trecho dos meus pensamentos. Eu provavelmente poderia escrever um livro, mas vou tentar resumir de forma curta e suave…
Essa (abaixo) é a minha foto favorita jogando poker. Por quê? Porque eu me vejo nela confiante, extremamente confortável, e não só pertencendo à mesa, mas competindo para vencê-la! Dizem que uma foto fala mais que mil palavras. Espero que vocês consigam ver o que eu vejo aqui.
Eu poderia entrar no salão de poker e focar no negativo. Isso existe. Eu já encontrei negatividade e preconceito por causa do meu gênero MUITAS vezes. Mas, a verdade é que houve muito mais momentos positivos do que negativos! Sem mencionar na contraprodutividade de focar no negativo.
VEJA MAIS: Doug Polk deixa Las Vegas após mais de uma década: “Próximo capítulo”
Tenho que lembrar isso para mim mesma. O medo de um ambiente hostil é tão poderoso para a mente quanto a verdadeira existência dele. Eu percebi que me tornei REALMENTE empoderada e livre no momento em que dispensei estruturas que existem principalmente porque outras pessoas dizem o que fazer, e ESPECIALMENTE se isso vem de outro jogador.
Eu sempre soube que a mensagem que diz que eu não pertenço a uma mesa de poker não era verdade. Ser subestimada e tratada de forma rude em uma sala de poker não é uma experiência exclusivamente feminina, homens sofrem com isso também.
Aprecio o movimento de empoderamento das mulheres no poker. Eu QUERO mulheres empoderadas, confortáveis e tratadas de uma forma boa. Isso É o que me guia para competir e ser a melhor jogadora que eu posso. Eu me esforço para deixar um legado que transmita a mensagem que mulheres são iguais no poker.
VEJA MAIS: André Akkari explica importância do poker para o “Método FURIA”; entenda
Fiquei comovida e fui influenciada por Jennifer Harman quando ela conquistou um assento no High Stakes Poker no momento em que eu descobri o jogo. Continuo sentindo isso de muitas outras mulheres também. Vanessa Selbst, Sasha Liu e Jennifer Tilly vêm à minha cabeça como mulheres que se apresentam na mesa de poker empoderadas e ferozes.
Nós não conseguimos convencer todos a terem bons modos, especialmente quando o comportamento apropriado não se ajusta perfeitamente com a lei. Se adaptar e prosperar da melhor maneira possível no ambiente apresentado raramente acontece quando se tem um hiperfoco nos fatos negativos.
Não se sente à mesa de poker como uma vítima. Sente-se como uma guerreira.”
Confira o último episódio do Pokercast: