Alex Bez foi um dos brasileiros que marcaram presença no WPT Voyage. Um dos representantes do WPT Global no Brasil e sócio-instrutor do Wide Poker Team, o jogador fez seu primeiro cruzeiro da vida e não poupou elogios à experiência vivida no navio Valiant Lady. Em papo com o SuperPoker, o profissional falou sobre os diversos aspectos da viagem.

“Experiência muito louca, a facilidade de já estar no navio, similar a estar no hotel do evento, é só acordar, levantar e descer para o jogo, já é um ponto positivo”, disse o jogador ao SuperPoker. “Algumas coisas engraçadas foram umas balançadas do navio, você sentia o movimento, é algo um pouco diferente do que estamos acostumados. Mas não tive nenhum enjoo, esse tipo de problema, mas só uma sentida do movimento do navio. Outra coisa é que quando chegava perto de alguma parada em terra, o jogo tinha que parar. Uma peculiaridade que não estamos acostumados também. Mas foi uma experiência muito boa, em um navio novo, bem equipado, comecei com o pé direito.”

Alex Bez participou de um cruzeiro pela primeira vez (foto: WPT)

Apesar de muita diversão e da experiência luxuosa, nada superou a alegria dos grandes resultados obtidos pelos brasileiros e colegas de WPT Global. “Fomos em cinco integrantes do WPT Global no Brasil, e trocamos bastante informação, estivemos juntos no evento, essa foi a melhor parte”, exaltou Bez. “Desses cinco, dois deles chegaram na mesa final do Main Event, o Romulo [Dorea] e o [Marcelo] Giordano, e o Dan10 [Daniel Oliveira], que também faz parte da galera, cravou o US$ 660 Turbo. Então irmos em cinco e três deles terem resultados muito expressivos, torcermos ali na reta, isso não tem preço. Às vezes ficamos mais nervosos do que quem está jogando. Fora isso, teve o Gregory [Wonsttret] que cravou o Prime, o segundo torneio mais importante, isso tornou a viagem ainda mais agradável, o pessoal estar junto, Brasil amassou. Foi a parte mais legal.”

O clima de amizade não se limitou à festa brasileira. Segundo Bez, o ambiente nas mesas era bem diferente de um evento tradicional. “A questão do clima nas mesas é algo que fiquei bem surpreso”, contou. “Muita gente foi para jogar poker, mas para curtir a viagem também, passear, conhecer gente nova. Estava muito massa, todo mundo trocando ideia. Quando eu falava que era do Brasil, todo mundo já queria conversar, saber como é no Brasil. O clima superou muito as expectativas, pessoal educado, receptivo. Nas mesas de cash, o pessoal se divertindo demais, todo mundo querendo curtir. O jogo era um entretenimento a mais, mas estava todo mundo contente com a viagem e querendo se divertir ao máximo.”

O clima de festa e a presença de pessoas focadas na viagem ajudou a criar um field tranquilo nas mesas do evento. “Muita gente foi de férias, para curtir a viagem, jogar um poker e não se preocupar com nada”, explicou. “Até o field do Main Event, de US$ 5 mil, achei soft. Na mesa final vi que havia bastante jogadores bons, dois brasileiros bons e mais uns dois ou três regs que eu soube. Mas no early game o field estava bem de boa, peguei um table draw bem de boa, então foi bem tranquilo, parecido com o field de quando fui para Vegas em 2022. Field norte-americano clássico, o pessoal tem poder aquisitivo para dar buy-in caro e não tem um nível técnico tão bom. Vale muito a pena pelo EV dos torneios.”

Resumindo: muita forra verde e amarela, mesas soft e divertidas e uma estrutura impressionante. “Tudo muito bem organizado, sei que teve apresentação de comédia, karaokê, balada, cassino, muita coisa para fazer”, disse Bez. “Teve a festa do vermelho, festa do pijama, sempre tinha música na piscina. Sempre tinha algo para fazer, às vezes você tinha que decidir. Organização impecável, restaurantes deliciosos, foi uma vida de cinema, sete dias sensacionais.”

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