Philipe Pizzari colocou seu nome na história do poker brasileiro nesta sexta-feira (3), ficando com a terceira colocação no PokerStars Players No-Limit Hod’em Championship (PSPC) e garantindo o maior prêmio do Brasil na história do poker live. Durante duas semanas, o SuperPoker trouxe com exclusividade as transmissões ao vivo do PokerStars Caribbean Adventure, além de imagens direto do salão.
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Assim, é claro que, instantes após a eliminação de Pizzari, o SuperPoker traz com exclusividade as primeiras palavras do brasileiro sobre o resultado histórico. Cheio de gratidão, Philipe falou sobre a trajetória cheia de altos e baixos, o carinho do público, o impacto do prêmio em sua vida e seus planos no poker daqui para frente. Confira o papo na íntegra.
Philipe, você fez história para o poker brasileiro e conquistou um resultado absurdo. O que você sente nesse momento?
Só gratidão, só agradecer, para mim é um momento indescritível de poder viver essa experiência, não tenho nem palavras. Estou muito feliz com o resultado, sabia que seria uma mesa final difícil, mas chegar ali no 3-handed para mim já está maravilhoso. Foi lindo.
Você é recreativo e não depende do poker para viver. Ainda assim, o que esse prêmio significa para você financeiramente?
Não tem como dizer que não impacta demais. Um resultado de US$ 2,5 milhões acho que muda a vida de qualquer um e para mim não é diferente. O valor financeiro é importante sim, vou seguir minha vida, trabalhando, tocando meu dia a dia, mas sem dúvida é um volume financeiro que ajuda bastante.
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Você levou uma bad beat cruel, que deixaria muitos jogadores tiltados, mas soube voltar a ser paciente. Como foi manter a calma e continuar focado?
Humildemente, acho que ali foi meu melhor momento, depois de tomar essa bad beat. Concordo que a maioria das pessoas ali naquela mão teria tiltado. Era pra eu ter praticamente dois terços das fichas no campeonato, eliminar o cara, ficar gigante, caminho reto para o heads-up. Mas consegui me manter focado, me recuperar, derrubar um ou dois, e chegar no 3-handed.
Tem alguma mão que você se arrepende ou está satisfeito com o seu jogo?
Acabei de descer da mesa, minha cabeça está um um turbilhão, não consigo nem lembrar direito das paradas (risos). Talvez poderia ter jogado melhor esse 3-handed, não sei, mas preciso pensar, quero assistir a transmissão, vou ver tudo e aliviar.
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Você passou a maior parte do dia sem o celular. O que espera ver agora quando olhar as mensagens?
Estou com medo até do celular explodir quando eu abrir, não sei nem o que esperar, deve ter muita mensagem de muita gente. Das pessoas próximas recebi muita mensagem de carinho, de torcida, de todo mundo que vive meu mundo, meu trabalho no mercado financeiro. Também recebi muita mensagem legal de pessoas que não conheço, sei que uma galera torceu para mim, então só posso agradecer.
Esse resultado muda algo para você em termos do que pretende jogar no poker daqui para frente?
Sendo bem sincero, acho que não. Vou continuar jogando os torneios que sempre joguei, poker é meu hobby predileto, vou jogar a vida inteira. Mas preciso manter minha cabeça focada, seguir trabalhando, tocar minha vida, não posso me deslumbrar por conta desse resultado. Até porque tenho a humildade de reconhecer que, no Brasil, tem uma infinidade de jogadores melhores que eu tecnicamente, e no mundo nem se fala. Vou seguir minha vida, mas estarei nas mesas pelo mundo afora.
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O que você gostaria de falar para quem te assistiu e torceu durante todos esses dias?
Não tenho nem palavras para agradecer todo mundo. Sei que a torcida foi grande, que o chat bombou, sei que rolou muita pizzinha no chat (risos), legal pra caramba. Sei que toda a comunidade gritou pedindo aquele 6 no river, que vai tirar o sono do português, então muito obrigado a todo mundo. Obrigado ao pessoal que narrou lá também, eles deram uma aula, só tenho a agradecer.
Você conquistou o maior resultado da história do poker brasileiro live, para você que é amador, como isso mexe com você?
É uma doideira, porque eu tenho uma porrada de ídolo no poker brasileiro, uma porrada de gente que acompanho para caramba. Ter esse número é algo que não consigo nem acreditar. Nos próximos anos, com certeza alguém vai passar esse número, tem muito jogador no Brasil e tenho certeza que a marca será rompida.
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