No ano passado, Manoel Assunção premiou em torneios de poker em 18 países diferentes, liderando o ranking “Flag Hunter” (“Caçador de Bandeiras”) do HendonMob. Em 2024, com ainda quatro meses restantes, é improvável que alguém alcance Dominick French. O canadense aparece com 19 bandeiras conquistadas no ano e ainda afirma aguardar a oficialização de resultados em Uruguai, Argentina, Taiwan e no LAPT Cidade do México, levando o número total para 23.
Em entrevista ao SuperPoker, o recreativo conhecido como “Dino” falou sobre o ano intenso. “Primeiro, queria agradecer a Deus por minha vida incrível, porque você não pode disputar esse jogo sem um pouco de sorte”, disse Dominick. “Tenho jogado o circuito há uns três anos, e acho que o mais emocionante para mim é que tenho 96 mesas finais, então meu objetivo é chegar a 100. Eu amo esse jogo, é ótimo, e eu também estive no Brasil recentemente, foi incrível.”
A motivação para buscar a ponta do ranking veio justamente após o resultado de Manoel em 2023. “No ano passado, eu estava jogando pelas bandeiras, mas não estava tentando tanto, e tinha um brasileiro que estava disputando comigo”, contou o canadense. “Eu parei depois da World Series, porque estava muito cansado, e ele continuou e ganhou o ano passado, ele é um cara incrível. Eu falei para mim mesmo ‘vou ganhar neste ano’, então minha motivação é que ano passado fui quinto e neste ano queria ganhar.”
Até agora, em 2024, além dos já citados Uruguai, Argentina, Taiwan e México, o jogador também premiou em: Suíça, Chipre, Estônia, Cambodja, Filipinas, Alemanha, Madagascar, Estados Unidos, Holanda, África do Sul, Ilhas Maurício, Eslovênia, França, Portugal, Bélgica, Bulgária, República Checa, Grécia e Canadá. Dos oito meses do ano até o momento, em apenas cerca de 30 dias Dominick não estava viajando. No HendonMob, o canadense aparece com US$ 628 mil em prêmios live na carreira.
Perguntado sobre o país favorito, ele evitou escolher. “Todos os países têm algo único”, explicou. “O Brasil é lindo, eu acabei de vir da Argentina, lindo também, joguei em Manila (Filipinas) e foi incrível também, então cada lugar tem algo único. O que muitos não entendem da caça às bandeiras é que há muito trabalho por trás disso, você tem que buscar um hotel, ver o que comer. Eu queria só chegar e jogar, mas há mais trabalho por trás, e cada país é incrível.”
Aposentado, o jogador revelou que é dono de propriedades no Canadá, o que permite o estilo de vida nômade. Para se ter uma ideia de seu domínio no ranking das bandeiras no ano, a segunda colocação é dividida pelos alemães Fabian Bartuschk e Samuel Ju, com “apenas” 11 bandeiras cada. Na lista geral, Dominick é sétimo com 33 países, bem atrás de Casey Kastle, que lidera com 51 bandeiras e, infelizmente, faleceu em março. “Eu estou buscando uma bandeira de cada vez, mas claro que seria legal [buscar a ponta]”, disse o canadense. “Eu joguei contra Casey, que é o líder e infelizmente faleceu recentemente. Eu amo o jogo, então espero chegar a pelo menos 40.”
Jogando o LAPT Cidade do México vestindo uma camiseta do Flamengo, o canadense explicou a escolha inusitada. “Eu estava em Foz do Iguaçu [para a disputa do BSOP] e fiquei amigo do meu motorista do Uber, então fomos fazer compras, e o filho dele ama futebol”, revelou. “Então eu comprei uma camiseta para o filho dele, e ele escolheu esta para mim. Eu não conheço os times, mas comprei de seis ou sete times diferentes.”
Vivendo um ano cheio de experiências, no qual passou por muitos países e conheceu centenas de pessoas, Dominick revelou qual foi a principal lição que aprendeu. “Eu acho que é ser sempre humilde, grato e tratar as pessoas com respeito”, contou. “Trate as pessoas como quer ser tratado, minha mãe me ensinou isso. Ela faleceu e sempre falava “seja bom com as pessoas e elas serão boas com você”, então acho que isso é o mais importante, ser uma boa pessoa.”
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