Rui Bouquet veio para o México passear e também disputar as principais séries online. Antes de engatar no WCOOP (World Championship Of Online Poker), o português compareceu ao LAPT Cidade do México e, logo no primeiro dia, conquistou mais um título em sua carreira.
O triunfo veio no High Roller Single Day PKO, que contou com 39 entradas. Com a vitória, o campeão embolsou o prêmio de MX$ 476.900, incluindo os bounties. “Vencer um torneio é sempre especial”, festejou o campeão. “É um sentimento fantástico, começar com vitória e ter a segurança que não sairá para trás, fica tudo mais leve, mas não mudaria se não tivesse ganho, ia manter o mesmo cronograma de torneios”.
Ganhar uma espada prateada não é uma novidade para o profissional do Evolution Poker, é o terceiro título em um torneio realizado pelo PokerStars. O vencedor lembrou que a primeira conquista teve um papel fundamental em sua jornada como jogador. “Quando ganhei a primeira foi algo inacreditável, eu batia palmas sozinho. Foi bem no início da minha carreira, tinha dois meses como profissional, e não foi uma decisão muito fácil, já que eu era médico. Além deste resultado, fiz um quarto lugar, foi uma semana de euforia, se ficasse um ano sem ganhar, podia complicar as coisas”.
O português revelou que vem de uma grande sequência nos torneios ao vivo. Nos últimos quatro ITM’s, incluindo o de hoje, o jogador venceu os quatro. No Camboja, foram três títulos em uma semana e mais de US$ 95 mil em prêmios.
Acostumado a jogar as principais paradas do PokerStars European Poker Tour, o jogador comentou que adorou a atmosfera do salão do LAPT. “O clima é bem diferente, eu gosto muito deste ambiente. No EPT, a organização coloca a mesa final lá no canto e os seus amigos não podem ver as mesas. Já aqui, fazem de um jeito que é bom para o poker, onde deixa os recreativos a vontade, não tem a seriedade de lá. Tem um cercado em volta da mesa, mas todos conseguem acompanhar, que lá é praticamente impossível, precisa de uma lupa [risos]”.
A caminhada até o título não foi nada fácil. Na bolha da mesa final, o jogador possuía apenas cinco blinds, sendo a menor pilha. Conseguindo dobras em sequência, o europeu alcançou a parte de cima do chip count, ainda no início da decisão, e sempre administrou a pilha, se mantendo entre os líderes.
O duelo final foi contra um nome bem conhecido do circuito, o empresário Leo Rizzo. O brasileiro até começou com ligeira vantagem, mas rapidamente Bouquet assumiu a superioridade em fichas e confirmou a vitória. A mão final foi recheada de emoção.
Os finalistas se envolveram em all in e call pré-flop com o chip leader tendo Q9 contra Q5. As três primeiras cartas foram 789, com duas cartas de ouros. Apesar do jogador com mais fichas acertar um par, o short stack ganhou os outs da broca. O turn deu ainda mais emoção, já que a carta foi um 4, sedo a terceira do naipe e deixando Leo também no flush draw. Porém, o river foi um A, confirmando a vitória do português.
Confira a classificação da mesa final (sem os bounties):
1º – Rui Bouquet (Portugal) – MX$ 226.900
2º – Léo Rizzo (Brasil) – MX$ 226.900
3º – Rodrigo Travesi (México) – MX$ 121.250
4º – Nikzad Hooman (Estados Unidos) – MX$ 92.000
5º – Agustin Naranja (Argentina) – MX$ 71.100
6º – Josué Barrera (México) – MX$ 54.350
7º – José Nadal (México) – MX$ 44.000
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