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Como um apostador colocou o time do coração na elite após 74 anos

O inglês Matthew Benham tem algumas paixões. Entre elas, as apostas, as estatísticas, e o Brentford. Utilizando todos os seus aprendizados ao longo do tempo, ele conseguiu juntar essas três coisas para cumprir uma façanha que nunca deve ter desejado nem no mais otimista dos seus sonhos. VEJA MAIS: Mbappé defende Neymar em cobranças sobre…

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O inglês Matthew Benham tem algumas paixões. Entre elas, as apostas, as estatísticas, e o Brentford. Utilizando todos os seus aprendizados ao longo do tempo, ele conseguiu juntar essas três coisas para cumprir uma façanha que nunca deve ter desejado nem no mais otimista dos seus sonhos.

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Formado em finanças pela Universidade de Oxford, Matthew Benham chegou a ocupar o posto de vice-presidente do Bank of America, um dos maiores bancos dos Estados Unidos. Porém, depois de 12 anos no mundo econômico, ele mudou o rumo de sua carreira, partindo para as apostas esportivas ao se juntar a Premier Bet.

Na companhia de apostas, Benham tinha a função de desenvolver modelos de previsão de apostas baseado em estatísticas, e no trabalho, possuía nada menos a mentoria de Tony Bloom, um dos maiores apostadores do mundo. Depois de apenas dois anos, Benham saiu da Premier Bet por se desentender com Bloom, mas seguiu no mundo das bets.

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Então, o empresário fundou sua própria firma no ramo, a SmartOdds, que consultava diversos sites utilizando os mesmos algoritmos, estatísticas e dados para buscar o maior sucesso possível. Depois de muito sucesso com a SmartOdds, Benham fez mais investimentos na área, até que aparecesse a oportunidade de sua vida.

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Benham é torcedor do Brentford, equipe do futebol inglês, desde a infância. Em 2007, o clube sofreu com problemas financeiros, e ali estava a chance dele se conectar com o time do coração. Em um primeiro momento, ele ofereceu um empréstimo de US$ 700 mil para o Brentford, mas com um porém muito importante: ele teria a preferência para comprar o time caso o empréstimo não fosse pago.

Em 2012, os torcedores acataram a cláusula, e Matthew Benham tornara-se dono do Brentford. A partir daí, ele começou a colocar todos os seus estudos e resoluções estatísticas em prática. No time, ele demitiu os membros da comissão técnica e contratou analistas de desempenho, no melhor estilo “Moneyball”. Os jogadores do time eram escolhidos pelas suas performances e custo-benefício baseado em números. O clube deixou de ter categorias de base e focou no mercado.

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Depois de pagar pouco por talentos escondidos e vendê-los por milhões, os resultados apareceram quase dez anos depois. No último sábado (29), o Brentford venceu o Swansea por 2 a 0 para garantir a vaga na Premier League, a primeira divisão do futebol inglês, da temporada 2021/2022. Após chegar a disputar a quarta divisão nacional, o time deu a volta por cima e retornou à elite após longos 74 anos.

Mas, como gosta Benham, o que isso significa em números? Esse acesso à Premier League quer dizer que o investimento de US$ 700 mil feito pelo empresário em 2007 se tornou US$ 300 milhões, quantia que o clube receberá pela presença no torneio. E pode ser ainda mais: caso o Brentford consiga se manter na Premier League para a temporada 2022/2023, o valor passará para US$ 400 milhões, e não vai parar de subir caso o time continue na primeira divisão.

Investir US$ 700 mil, vê-lo se transformar em US$ 300 milhões, e ainda colocar o time do coração na elite do futebol nacional após três quartos de século, fato inédito para a esmagadora maioria da torcida. Vai ser difícil Matthew Benham buscar objetivos mais ousados na vida.

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